A Polícia Federal (PF) do Brasil desarticulou um esquema de transporte de drogas em aeronaves privadas, após a apreensão, em outubro de 2020, de um avião executivo brasileiro com 175 quilogramas de cocaína no aeroporto de Lisboa.
Nesse sentido, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, 20 mandados de busca e apreensão, bloqueio de contas bancárias de 29 pessoas, apreensão de 15 veículos, cinco imóveis e oito aeronaves, além da suspensão das atividades de seis empresas. A operação envolveu 90 agentes federais em cinco cidades brasileiras.
"As investigações tiveram início em outubro de 2020, após a apreensão, no Aeroporto Internacional de Lisboa/Portugal, de um avião executivo brasileiro, que teria partido de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Nele eram transportados 175 quilos de cocaína", indicou a PF no comunicado.
A Polícia Federal identificou que, para a realização desse transporte da droga, teria havido a participação dos sócios e operadores desse avião, num esquema de transporte de drogas feito através de aeronaves privadas.
"Foi possível ainda identificar que a organização teria utilizado "laranjas" e "fantasmas" (também conhecidos como 'testas de ferro') para ocultação dos bens auferidos com a atividade criminosa", acrescentou a PF no comunicado.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, branqueamento de capitais e organização criminosa, podendo cumprir até 33 anos de prisão, se condenados.
Com a apreensão dos veículos, das aeronaves e imóveis, a Polícia Federal estima um prejuízo de aproximadamente 30 milhões de reais (4,40 milhões de euros) ao crime organizado.