Brasil e Paraguai acertam primeira redução da tarifa de Itaipu

por Lusa
A hidrelétrica Itaipu atinge 66,3 milhões de MWh, energia suficiente para abastecer o planeta Terra por 19 horas D.R.-Alexandre Marchetti

As autoridades do Brasil e do Paraguai anunciaram um acordo para reduzir em 8,2% a tarifa para este ano da energia gerada pela hidroelétrica de Itaipu, partilhada pelos dois países, a primeira redução desde 2009.

"Paraguai e Brasil ratificam o compromisso de um diálogo aberto e permanente, apostando sempre no melhor aproveitamento do recurso energético fornecido pela Itaipu", disse na terça-feira o Ministério de Minas e Energia brasileiro, num comunicado.

A parte brasileira defendia uma tarifa de 18,97 dólares (18,58 euros) por quilowatt, enquanto a parte paraguaia pretendia manter o valor em 22,60 dólares (22,12 euros), "ampliando o valor disponível para as despesas de exploração", referiu o comunicado.

No final, os dois países chegaram a acordo, fixando a tarifa em 20,75 dólares (20,32 euros) por quilowatt.

"É a primeira redução da tarifa de Itaipu após 13 anos, permitindo a redução da conta de luz do consumidor da energia" gerada pela hidrelétrica, disse o ministério.

A redução da tarifa de Itaipu tinha sido discutida anteriormente pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o seu homólogo paraguaio, Mario Abdo Benítez, em diferentes reuniões.

Os dois países sul-americanos fecham assim um dos pontos pendentes de renegociação dentro do tratado fundador da empresa binacional Itaipu, que completará 50 anos em 2023.

Com 20 unidades geradoras e 14 gigawatts de potência instalada, Itaipu fornece cerca de 10,8% da energia consumida no Brasil e 88,5% do consumo paraguaio.

 

Tópicos
pub