Professores e estudantes brasileiros consideram que a educação no país, no governo do presidente, Jair Bolsonaro, não tem futuro, num momento que a tutela se encontra sem ministro, após várias polémicas a marcar a atual gestão.
"Não temos projetos ou políticas educacionais no governo de Bolsonaro", afirmou à Efe Catarina de Almeida Santos, professora adjunta da Universidade Federal de Brasília e uma das coordenadoras da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, uma rede que articula organizações civis, fundações e comunidades académicas para garantir uma educação de qualidade no Brasil.
Segundo a docente, Ricardo Vélez e Abraham Weintraub, os dois primeiros ministros da Educação de Bolsonaro não desenvolveram qualquer tipo de ação em prol da educação enquanto lideraram o ministério.
"O primeiro ministro da Educação do governo de Bolsonaro (Velez), digamos que se destacou pela sua inação, não se envolveu em nenhuma ação relacionada à educação e não executou políticas. O segundo (Weintraub) dedicou-se à destruição das políticas educacionais que estavam em curso, (...) foi um ministro muito vinculado à destruição da educação e não à construção", afirmou.
Para os críticos, aquela que é uma das pastas que teve um maior corte orçamental no governo de Bolsonaro tem vindo a destacar-se pelo ativismo político e evidenciado a falta de planeamento e de políticas públicas para o setor.
