Bruxelas aposta em potencial vacina da Novavax e sela contrato para aquisição de 200 mil doses
A Comissão Europeia aprovou esta quarta-feira o sétimo Acordo de Compra Avançada (APA) com a farmacêutica norte-americana Novavax para garantir o acesso a uma potencial vacina da empresa contra Covid-19 a partir do quarto trimestre de 2021 e nos anos seguintes.
A compra poderá ser feita quando a vacina for considerada segura e eficaz pela Agência Europeia do Medicamento, que está nesta altura a estudar a inoculação.
"A Comissão decidiu apoiar esta vacina com base numa avaliação científica sólida, na tecnologia utilizada, na experiência da empresa no desenvolvimento de vacinas e na capacidade da mesma na produção para abastecer toda a União Europeia", lê-se em comunicado divulgado esta quarta-feira.
A Novavax é uma empresa de biotecnologia que está a desenvolver novas vacinas contra a Covid-19. Estas vacinas já estão a ser analisadas pela EMA para obtenção de autorização da autoridade de saúde europeia.
"À medida que novas variantes se espalham pela Europa e pelo mundo, este novo contrato com uma empresa que já está a testar a sua vacina com sucesso contra essas variantes é uma salvaguarda adicional para a proteção da nossa população", adiantou esta quarta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Uma nova vacina "reforça ainda mais o nosso vasto portefólio de vacinas, em benefício dos europeus e dos nossos parceiros em todo o mundo", acrescenta.
Com uma eficácia global de 90,4 por cento, a vacina NVX-CoV2373 (Novavax) está aproximadamente no mesmo nível das vacinas da Pfizer-Biontech e da Moderna, adianta a empresa.
Nos testes já realizados, houve 90 por cento menos casos em geral no grupo vacinado do que no grupo de não vacinados. Mais importante ainda, a vacina alcançou 100 por cento de proteção contra casos moderados e graves.
Ao contrário das vacinas previamente aprovadas, a Novavax não é nem uma vacina mRNA (como as da Pfizer-Biontech e Moderna), nem uma vacina vetorial (como as vacinas da AstraZeneca e Johnson & Johnson).
A nova inoculação é formada a partir de fragmentos de proteínas do vírus, especificamente os que compõem a chamada proteína spike, uma espécie de porta molecular que o coronavírus usa para entrar nas células.