Cabo Verde condena 22 pessoas em caso de tráfico de droga e lavagem de capitais
O Tribunal de São Vicente, em Cabo Verde, condenou 22 pessoas, uma delas a 20 anos de prisão, por crimes relacionados com tráfico de droga e branqueamento de capitais, anunciou hoje o Ministério Público do arquipélago.
O chamado "Caso Epicentro" foi julgado entre setembro e outubro, depois do desmantelamento de uma rede criminosa, em junho de 2024, classificada pela Polícia Judiciária cabo-verdiana como "um dos mais relevantes circuitos de venda de drogas da ilha".
O arguido de 37 anos, líder do grupo, recebeu a pena mais pesada, 20 anos de prisão, pelos crimes de tráfico de estupefacientes, lavagem de capitais, associação criminosa, entre outros, detalhou a Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde, em comunicado.
Houve ainda uma arguida condenada a 16 anos e outros dois com penas de 14 anos, todos com 38 anos de idade.
O resto das penas (que sancionam também um advogado) variam entre seis e 13 anos, havendo cinco mais reduzidas que foram declaradas suspensas, enquanto outros cinco arguidos foram absolvidos.
As idades dos condenados a prisão efetiva variam entre 24 e 60 anos.
A "Operação Epicentro" implicou o cerco total da zona de Campim, na ilha de São Vicente, durante uma operação realizada em junho de 2024 por dezenas de inspetores da PJ, com apoio da Polícia Nacional e Forças Armadas.
Na altura, foram feitas várias detenções e foi apreendida cocaína, haxixe e canábis, além de viaturas, eletrodomésticos e dinheiro.
A operação fez parte das ações regulares das autoridades cabo-verdianas no combate ao tráfico de estupefacientes, incluindo ações internacionais.
Em 2024, forças de segurança de vários países apreenderam 1,6 toneladas de cocaína em Cabo Verde, avaliadas em 50 milhões de dólares (cerca de 47,84 milhões de euros), numa operação contra o narcotráfico na África Ocidental, que ocorreu entre outubro e novembro.