Mundo
Caças americanos bombardeiam Estado Islâmico na Líbia
Pela primeira vez, caças americanos bombardearam posições do grupo Estado Islâmico a pedido do Governo líbio apoiado pela ONU. O foco foi a cidade de Sirte. O Pentágono diz que este foi o início de uma campanha contra os extremistas islâmicos na Líbia.
"Os primeiros ataques de precisão contra posições do Daesh - outro nome do grupo Estado Islâmico - foram realizados hoje, provocando grandes baixas, em Sirte", revelou o primeiro-ministro líbio Fayez al-Sarraj, num discurso transmitido pela televisão.
"Quero garantir que estas operações são limitadas a um calendário específico e não vão além de Sirte e dos seus subúrbios", acrescentou.
O Governo de União da Líbia conhecido como Governo da Autoridade Nacional (GAN, ou GNA na sigla inglesa), está a tentar desde maio recuperar Sirte, a 450 quilómetros de Tripoli e conhecida por ser o local de nascimento do ex-ditador Muammar Kadhafi.
Usa milícias da Líbia ocidental formadas em 2011, durante a guerra que derrubou Kadhafi. Uma outra milícia, formada para guardar o petróleo do país, também está a atacar o EI.A batalha por Sirte já provocou 280 baixas nas forças que apoiam o GNA e feriu mais de 1.500, dizem fontes médicas próximas do exército.
De acordo com a televisão do Qatar Al Jazeera, os ataques desta segunda-feira foram pedidos depois de as tropas leais ao GAN terem sido incapazes de contornar as armadilhas, minas e bombas de estrada colocadas em redor de Sirte para atacar o EI, que tem estado a reforçar o seu controlo do centro da cidade.
Os bombardeamentos americanos visam limpar o terreno e tornar seguro o avanço das tropas líbias.

Batalha por Sirte
Sirte tornou-se um bastião do Estado IslÂmico em junho de 2015, depois de o grupo ter decidido transferir em parte a sua sede de operações para a Líbia, ao perder terreno na Síria e no Iraque.
Atualmente o grupo está entrincheirado dentro da cidade, controlando uma zona de poucos quilómetros quadrados, que inclui alguns centros estratégicos como o centro de conferências de Ouagoudougou, o hospital central e a universidade.
O avanço das tropas do GAN tem sido lento e cuidadoso e a batalha que se aproxima será complexa, devido ao elevado número de civis que habitam Sirte, avisam analistas.
Seraj afirmou que o Conselho Presidencial do GAN decidiu "ativar" a sua participação na coligação internacional contra o Estado Islâmico e "pedir aos Estados Unidos para realizar bombardeamentos específicos contra o Daesh".
A Casa Branca diz que a assistência americana à Líbia vai ser limitada aos bombardeamentos e à partilha de informação.
Terceira frente
Os ataques desta segunda-feira foram autorizados pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, depois de aconselhado pelo secretário da Defesa, Ash Carter. Atingiram um carro armado e dois veículos que ameaçavam as forças apoiantes do GAN.
Este foi o terceiro ataque americano contra militantes do EI na Líbia. Em fevereiro foi atingido um campo de treino na cidade de Sabratha, a oeste do país.
Responsáveis americanos dizem que os ataques marcaram contudo o início de uma campanha aérea sustentada, mais do que um ataque isolado, abrindo assim uma terceira frente de batalha contra o EI, depois da Síria e do Iraque.
"Não temos uma data de fim (para a campanha de bombardeamentos aéreos) neste preciso momento", reconheceu o secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook, "mas certamente que esperamos que isto seja algo que não vá durar muito".
Aos repórteres, Cook garantiu que os Estados Unidos vão continuar a realizar ataques em coordenação com o GAN. Uma participação militar que será extremamente rigorosa e aprovada pelo comandante das forças americanas em África, afirmou.

"Os alvos específicos serão alvos de precisão", explicou Cook, acrescentando que a intervenção militar americana não irá além de Sirte e seus arredores.
"As forças alinhadas com o GNA conseguiram recuperar terreno ao EI até agora, em torno de Sirte e os EUA irão continuar os bombardeamentos contra o EI em Sirte para possibilitar ao GNA um avanço decisivo e estratégico", acrescentou Cook. A campanha americana inclui a utilização de uma pequena força de tropas no terreno para apoio técnico e logístico, além de drones para recolha de informações.
Washington tomou parte nos ataques em 2011 que impuseram uma zona sem voos ajudando a derrubar Kadhafi.
O país tem tido muita dificuldade em estabelecer uma autoridade política e, em abril, Obama reconheceu que a intervenção internacional na Líbia "não resultou".
O GAN é uma das duas forças governamentais da Líbia e a única apoiada pela ONU, tendo sido formado após um acordo firmado através das Nações Unidas, que prevê a partilha de poder entre várias fações. Tem ainda de ser aprovado pelo Parlamento.
"Quero garantir que estas operações são limitadas a um calendário específico e não vão além de Sirte e dos seus subúrbios", acrescentou.
O Governo de União da Líbia conhecido como Governo da Autoridade Nacional (GAN, ou GNA na sigla inglesa), está a tentar desde maio recuperar Sirte, a 450 quilómetros de Tripoli e conhecida por ser o local de nascimento do ex-ditador Muammar Kadhafi.
Usa milícias da Líbia ocidental formadas em 2011, durante a guerra que derrubou Kadhafi. Uma outra milícia, formada para guardar o petróleo do país, também está a atacar o EI.A batalha por Sirte já provocou 280 baixas nas forças que apoiam o GNA e feriu mais de 1.500, dizem fontes médicas próximas do exército.
De acordo com a televisão do Qatar Al Jazeera, os ataques desta segunda-feira foram pedidos depois de as tropas leais ao GAN terem sido incapazes de contornar as armadilhas, minas e bombas de estrada colocadas em redor de Sirte para atacar o EI, que tem estado a reforçar o seu controlo do centro da cidade.
Os bombardeamentos americanos visam limpar o terreno e tornar seguro o avanço das tropas líbias.
Batalha por Sirte
Sirte tornou-se um bastião do Estado IslÂmico em junho de 2015, depois de o grupo ter decidido transferir em parte a sua sede de operações para a Líbia, ao perder terreno na Síria e no Iraque.
Atualmente o grupo está entrincheirado dentro da cidade, controlando uma zona de poucos quilómetros quadrados, que inclui alguns centros estratégicos como o centro de conferências de Ouagoudougou, o hospital central e a universidade.
O avanço das tropas do GAN tem sido lento e cuidadoso e a batalha que se aproxima será complexa, devido ao elevado número de civis que habitam Sirte, avisam analistas.
Seraj afirmou que o Conselho Presidencial do GAN decidiu "ativar" a sua participação na coligação internacional contra o Estado Islâmico e "pedir aos Estados Unidos para realizar bombardeamentos específicos contra o Daesh".
A Casa Branca diz que a assistência americana à Líbia vai ser limitada aos bombardeamentos e à partilha de informação.
Terceira frente
Os ataques desta segunda-feira foram autorizados pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, depois de aconselhado pelo secretário da Defesa, Ash Carter. Atingiram um carro armado e dois veículos que ameaçavam as forças apoiantes do GAN.
Este foi o terceiro ataque americano contra militantes do EI na Líbia. Em fevereiro foi atingido um campo de treino na cidade de Sabratha, a oeste do país.
Responsáveis americanos dizem que os ataques marcaram contudo o início de uma campanha aérea sustentada, mais do que um ataque isolado, abrindo assim uma terceira frente de batalha contra o EI, depois da Síria e do Iraque.
"Não temos uma data de fim (para a campanha de bombardeamentos aéreos) neste preciso momento", reconheceu o secretário de imprensa do Pentágono, Peter Cook, "mas certamente que esperamos que isto seja algo que não vá durar muito".
Aos repórteres, Cook garantiu que os Estados Unidos vão continuar a realizar ataques em coordenação com o GAN. Uma participação militar que será extremamente rigorosa e aprovada pelo comandante das forças americanas em África, afirmou.
"Os alvos específicos serão alvos de precisão", explicou Cook, acrescentando que a intervenção militar americana não irá além de Sirte e seus arredores.
"As forças alinhadas com o GNA conseguiram recuperar terreno ao EI até agora, em torno de Sirte e os EUA irão continuar os bombardeamentos contra o EI em Sirte para possibilitar ao GNA um avanço decisivo e estratégico", acrescentou Cook. A campanha americana inclui a utilização de uma pequena força de tropas no terreno para apoio técnico e logístico, além de drones para recolha de informações.
Washington tomou parte nos ataques em 2011 que impuseram uma zona sem voos ajudando a derrubar Kadhafi.
O país tem tido muita dificuldade em estabelecer uma autoridade política e, em abril, Obama reconheceu que a intervenção internacional na Líbia "não resultou".
O GAN é uma das duas forças governamentais da Líbia e a única apoiada pela ONU, tendo sido formado após um acordo firmado através das Nações Unidas, que prevê a partilha de poder entre várias fações. Tem ainda de ser aprovado pelo Parlamento.