Mundo
Guerra na Ucrânia
Canadá proíbe militares de se juntarem à Legião Internacional de Defesa na Ucrânia
No seguimento dos apelos de Volodymyr Zelensky, foram muitos os combatentes estrangeiros que se voluntariaram para ajudar a as forças ucranianas contra a invasão russa. Mas o Canadá não está a permitir que os seus militares se juntem à Legião Internacional de Defesa Territorial das Forças Armadas da Ucrânia, alegando o risco de os soldados canadianos poderem ser capturados pelas forças russas e usados como ferramenta de "propaganda e de desinformação" do Kremlin.
Os militares canadianos estão impedidos de entrar na Ucrânia para combater, à exceção dos que, por algum motivo específico, tenham a sua presença naquele território aprovada pelo chefe do Estado-Maior de Defesa do Canadá, Wayne Eyre. A confirmação surgiu na quarta-feira, numa comissão de Defesa do Parlamento canadiano, quando a tenente-general Frances J. Allen, vice-chefe do Estado-Maior, declarou que os membros das Forças Armadas do Canadá e os reservistas não estão autorizados a viajar até à Ucrânia para se juntar à nova Legião Internacional Estrangeira desse país europeu.
“Os atuais membros das Forças Armadas do Canadá não podem estar no território, mesmo que estejam de licença”, com exceção dos que tiverem “aprovação formal”, explicou Allen, citada pelo Guardian.
“Os atuais membros das Forças Armadas do Canadá não podem estar no território, mesmo que estejam de licença”, com exceção dos que tiverem “aprovação formal”, explicou Allen, citada pelo Guardian.
Antes do início da ofensiva da Rússia, o Canadá tinha enviado 250 militares para a Ucrânia que foram, posteriormente, recolocados na Polónia. O CEM da Defesa canadiano não adiantou quantos soldados estão, neste momento, em território ucraniano mas sabe-se que parte estará a fornecer ajuda humanitária na fronteira entre estes dois países.
Rússia ameaça com processos criminais contra combatentes estrangeiros
Desde que a guerra na Ucrânia começou, há exatamente um mês, o presidente ucraniano tem pedido que as forças armadas estrangeiras se juntem às ucranianas para combater a Rússia. E, apesar dos avisos do Governo para que se evitem as viagens para o território em conflito, foram muitos os soldados estrangeiros, incluindo canadianos, que já se deslocaram para ajudar.
Tendo o Canadá a maior diáspora ucraniana fora da Rússia, a ministra dos Negócios Estrangeiros já tinha encorajado os canadianos com origens ucranianas a ir defender o país.
“Entendemos que as pessoas de ascendência ucraniana queiram apoiar os companheiros ucranianos e também que há um desejo de defender a pátria e, nesse sentido, é a sua própria decisão individual”, disse Mélanie Joly no início de março. “Deixem-me ser clara: todos nós apoiamos muito qualquer forma de apoio aos ucranianos, neste momento”.
E grande parte dessa ajuda tem sido humanitária e envio de armamento, além de o Canadá se ter disponibilizado para receber um número “ilimitado” de ucranianos que procuram um refúgio temporário. Mas, com as recentes ameaças de processos criminais da Rússia contra estrangeiros capturados na Ucrânia, o CEM da Defesa canadiana decidiu impedir e dissuadir os militares de se juntarem à Legião Estrangeira.
Além disso, segundo Allen, os soldados estrangeiros capturados pelas forças russas podem ser usados como “ferramenta de propaganda” por Moscovo, visto que o Kremlin continua a usar a desinformação como arma, principalmente na Rússia.
"Estrangeiros que se envolvam no país podem ser usados de formas que criam dificuldades e são contraproducentes para o trabalho que lá se faz, mediante as campanhas de desinformação que, conforme sabemos, a Rússia é capaz de usar" disse a tenente-general. "O Ministério dos Negócios Estrangeiros identificou para os canadianos os riscos associados à entrada numa zona de conflito a qualquer momento, não apenas para a própria segurança e proteção física, mas também para desinformação”.
Alguns especialistas também questionaram a legalidade de militares canadianos irem lutar na guerra de outro país, assim como potenciais preocupações de segurança, dada a presença de grupos paramilitares de extrema-direita na Ucrânia.
Desde que a guerra na Ucrânia começou, há exatamente um mês, o presidente ucraniano tem pedido que as forças armadas estrangeiras se juntem às ucranianas para combater a Rússia. E, apesar dos avisos do Governo para que se evitem as viagens para o território em conflito, foram muitos os soldados estrangeiros, incluindo canadianos, que já se deslocaram para ajudar.
Tendo o Canadá a maior diáspora ucraniana fora da Rússia, a ministra dos Negócios Estrangeiros já tinha encorajado os canadianos com origens ucranianas a ir defender o país.
“Entendemos que as pessoas de ascendência ucraniana queiram apoiar os companheiros ucranianos e também que há um desejo de defender a pátria e, nesse sentido, é a sua própria decisão individual”, disse Mélanie Joly no início de março. “Deixem-me ser clara: todos nós apoiamos muito qualquer forma de apoio aos ucranianos, neste momento”.
E grande parte dessa ajuda tem sido humanitária e envio de armamento, além de o Canadá se ter disponibilizado para receber um número “ilimitado” de ucranianos que procuram um refúgio temporário. Mas, com as recentes ameaças de processos criminais da Rússia contra estrangeiros capturados na Ucrânia, o CEM da Defesa canadiana decidiu impedir e dissuadir os militares de se juntarem à Legião Estrangeira.
Além disso, segundo Allen, os soldados estrangeiros capturados pelas forças russas podem ser usados como “ferramenta de propaganda” por Moscovo, visto que o Kremlin continua a usar a desinformação como arma, principalmente na Rússia.
"Estrangeiros que se envolvam no país podem ser usados de formas que criam dificuldades e são contraproducentes para o trabalho que lá se faz, mediante as campanhas de desinformação que, conforme sabemos, a Rússia é capaz de usar" disse a tenente-general. "O Ministério dos Negócios Estrangeiros identificou para os canadianos os riscos associados à entrada numa zona de conflito a qualquer momento, não apenas para a própria segurança e proteção física, mas também para desinformação”.
Alguns especialistas também questionaram a legalidade de militares canadianos irem lutar na guerra de outro país, assim como potenciais preocupações de segurança, dada a presença de grupos paramilitares de extrema-direita na Ucrânia.