Cartas com explosivos enviadas a jornalistas e aos "media" do Equador

por Lusa
Cartas com explosivos foram enviadas a jornalistas no Equador D.R.

O Ministério do Interior do Equador informou que foram detetados engenhos explosivos em cinco cartas enviadas a jornalistas e aos "media" nos últimos dias, estando a decorrer uma investigação para encontrar os responsáveis pelos ataques.

O ministro do Interior, Juan Zapata, disse que, segundo as investigações iniciais, o envio foi feito a partir da cidade de Quinsaloma, na província central de Los Ríos, uma das jurisdições mais duramente atingidas pelo crime.

O remetente, cuja identidade está a ser retida para fins de investigação, enviou cinco cartas, três para a cidade costeira de Guayaquil e duas para a cidade andina de Quito, as urbes mais populosas e onde se concentra a maioria dos principais meios de comunicação social do país.

Zapata disse à imprensa que as cartas continham "pen drives" com cargas detonantes que explodem em contacto com a energia elétrica dos computadores. Uma delas, enviada para Ecuavisa na sexta-feira, explodiu esta segunda-feira depois do jornalista Lenín Artieda a ter inserido no computador.

Artieda não sofreu ferimentos porque o dispositivo não foi completamente ativado.

Segundo Zapata, por detrás destas ações existe uma mensagem "absolutamente clara" para silenciar os jornalistas, alguns dos quais já reagiram, afirmando que não vão ceder às ameaças.

O governo, liderado pelo conservador Guillermo Lasso, salientou o empenho em proteger a liberdade de expressão e os jornalistas que a exercem.

 

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