Casa branca exclui Wall Street Journal de viagem presidencial

A Casa Branca retirou o Wall Street Journal (WSJ) do grupo de jornalistas que acompanharão o presidente à Escócia este fim de semana, após o jornal noticiar sobre a relação entre Donald Trump e o criminoso sexual Jeffrey Epstein.  

Lusa /
Trump afronta jornalistas que lhe fazem frente Al Drago - EPA

"Devido ao comportamento falso e difamatório do Wall Street Journal, não será um dos treze veículos de comunicação que viajarão" a bordo do avião presidencial, o Air Force One, ao contrário do planeado inicialmente, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, à AFP.

Trump viajará para a Escócia, onde possui duas estâncias turísticas de golfe, de 25 a 29 de julho para uma visita privada, durante a qual se encontrará com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.  

Desde o regresso de Donald Trump ao poder, em janeiro, a Casa Branca, entre outros ataques à imprensa, assumiu o controlo da composição do selecionado grupo de jornalistas ("pool") que acompanha o presidente mais de perto e que era anteriormente organizado pelos próprios meios de comunicação social através da Associação de Correspondentes da Casa Branca.  

A prestigiada agência de notícias Associated Press, um pilar de longa data do "pool", foi excluída porque continua a usar o termo "Golfo do México" e não o "Golfo da América", preferido pelo presidente.

A Casa Branca, entretanto, convidou para algumas viagens influenciadores e criadores de conteúdos que afirmam fazer parte do movimento afeto a Trump, MAGA ("Make America Great Again", "Tornar a América Grande Novamente").

Trump processou na sexta-feira o WSJ, a News Corp, grupo que inclui o jornal, e o seu proprietário, Rupert Murdoch, por divulgar uma carta que o presidente teria enviado ao falecido Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual e pederastia.

Na quinta-feira, o candidato republicano ameaçou levar aquela publicação a tribunal e, um dia mais tarde, deu seguimento à advertência, incluindo os dois redatores que escreveram o artigo, noticiaram os meios de comunicação social nacionais.

O WSJ noticiou na quinta-feira que, entre as cartas que Epstein recebeu no 50.º aniversário em 2003, havia uma com o nome de Trump e um desenho de uma mulher nua. A ilustração continha os seios e a palavra Donald na zona dos cabelos púbicos.

 

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