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Casa onde Hitler nasceu vai ser transformada em esquadra da polícia
A remodelação da casa onde Adolf Hitler nasceu, na Áustria, vai avançar conforme planeado, anunciou esta terça-feira o Ministério austríaco do Interior. Os críticos dizem que os planos do Governo vão ao encontro dos desejos do ditador.
Após anos de disputas jurídicas, o Governo austríaco decidiu avançar com as obras que irão transformar a casa onde Hitler nasceu, na cidade de Braunau, numa esquadra de polícia.
De acordo com um comunicado recentemente enviado à imprensa, "uma esquadra de polícia e um centro de formação para agentes de direitos humanos" serão instalados no edifício "com um passado pesado", após a execução de uma "reforma arquitetónica".
“Tudo correrá conforme planeado”, disse um porta-voz do Ministério do Interior da Áustria.A decisão está a dar azo a controvérsia, com os críticos a afirmarem que as obras irão satisfazer o desejo do ditador de transformar o edifício em escritórios de autoridade distrital.
O realizador austríaco Günter Schwaiger diz que os planos do Governo “serão sempre suspeitos” de estarem “alinhados com os desejos do ditador”.
Como prova, Schwaiger – que vai lançar um documentário sobre o tema no final deste mês – citou a descoberta de um artigo de um jornal local de 10 de maio de 1939, que afirma que era um desejo de Hitler que a sua casa natal fosse transformada para usos administrativos.
Por este motivo, Schwaiger apelou, na segunda-feira, ao Governo para repensar os seus planos.
As instalações estão sob o domínio do Governo austríaco desde 2016, que decidiu não transformar o edifício num local de memória para evitar que o sítio onde Adolf Hitler nasceu, em 20 de abril de 1889, e onde viveu os primeiros anos, se tornasse num local de peregrinação neonazi.
O objetivo, segundo uma comissão de especialistas criada pelo Governo austríaco, em 2016, é "quebrar de forma sustentada o culto que lhe é dedicado por círculos extremistas", mas os historiadores decidiram, também, excluir a hipótese de demolição por considerarem que a Áustria "tem de confrontar o seu passado".
c/ agências
De acordo com um comunicado recentemente enviado à imprensa, "uma esquadra de polícia e um centro de formação para agentes de direitos humanos" serão instalados no edifício "com um passado pesado", após a execução de uma "reforma arquitetónica".
“Tudo correrá conforme planeado”, disse um porta-voz do Ministério do Interior da Áustria.A decisão está a dar azo a controvérsia, com os críticos a afirmarem que as obras irão satisfazer o desejo do ditador de transformar o edifício em escritórios de autoridade distrital.
O realizador austríaco Günter Schwaiger diz que os planos do Governo “serão sempre suspeitos” de estarem “alinhados com os desejos do ditador”.
Como prova, Schwaiger – que vai lançar um documentário sobre o tema no final deste mês – citou a descoberta de um artigo de um jornal local de 10 de maio de 1939, que afirma que era um desejo de Hitler que a sua casa natal fosse transformada para usos administrativos.
Por este motivo, Schwaiger apelou, na segunda-feira, ao Governo para repensar os seus planos.
As instalações estão sob o domínio do Governo austríaco desde 2016, que decidiu não transformar o edifício num local de memória para evitar que o sítio onde Adolf Hitler nasceu, em 20 de abril de 1889, e onde viveu os primeiros anos, se tornasse num local de peregrinação neonazi.
O objetivo, segundo uma comissão de especialistas criada pelo Governo austríaco, em 2016, é "quebrar de forma sustentada o culto que lhe é dedicado por círculos extremistas", mas os historiadores decidiram, também, excluir a hipótese de demolição por considerarem que a Áustria "tem de confrontar o seu passado".
As controversas obras terão início a 2 de outubro e terão um custo estimado de 20 milhões de euros, mais 15 milhões do que tinha sido inicialmente estimado.
A remodelação está prevista para ser concluída até 2025 e os novos ocupantes do edifício devem mudar-se para o local em 2026.
c/ agências