A empregada doméstica, cuja identidade não foi revelada, estava ao serviço da família Schwarzenegger desde o princípio dos anos 90 e dera à luz uma criança no início da década seguinte. Em Janeiro deste ano deixou o serviço depois de o ex-governador da Califórnia ter admitido a paternidade dessa criança.

Ao Los Angeles Times, Schwarzenegger declarou: "Depois de me demitir do cargo de governador, contei à minha mulher o caso que teve lugar ao longo de mais de dez anos". E acrescentou: "Compreendo a ira e o desgosto da minha família e dos meus amigos, e mereço-os. [Isto] não tem desculpa e eu assumo toda a responsabilidade pela dor que causei. Apresentei as minhas desculpas a Maria, aos meus filhos e à minha família. Estou verdadeiramente desolado".

Em 2003, quando da sua eleição para governador da Califórnia, Schwarzenegger fora apoiado por Maria Shriver contra acusações de 12 mulheres, que sustentavam ter sido assediadas por ele. Shriver foi considerada uma peça fundamental na eleição do marido, sem a qual este dificilmente teria obtido sucesso.

Maria Shriver, ex-jornalista de televisão, sobrinha do antigo presidente John F. Kennedy, casara-se com Arnold Schwarzenegger contra o conselho de todo o seu círculo, que via nele um austríaco de classe social "inferior", com modos grosseiros e fraco domínio da língua de Shakespeare, mesmo na sua versão norte-americana. A obstinação de Shriver manteve-a casada com o "Exterminador" durante 25 anos.

O divórcio foi anunciado na semana passada, de forma surpreendente para o público. Permaneceu na altura inexplicado. Até agora.