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Catalunha: Nove detidos e 98 feridos em confrontos nas ruas com polícia

por Lusa
Albert Gea - Reuters

Barcelona, 26 mar (Lusa) - O número de detidos na Catalunha triplicou para nove, e pelo menos 98 pessoas, incluindo 13 polícias, ficaram feridas em confrontos no domingo entre autoridades e manifestantes contra a prisão do político independentista catalão Carles Puidgemont.

Em frente à delegação do Governo e em várias ruas de Barcelona, em que manifestantes incendiaram dezenas de contentores de lixo, a polícia regional fez nove detenções por atentado à autoridade e identificou várias pessoas que estavam nas manifestações convocadas pelos autodenominados Comités de Defesa da República, incluindo um agente da polícia catalã que não estava de serviço.

Até às 00:00 de segunda-feira tinham sido socorridas 98 pessoas, a maioria com ferimentos ligeiros e uma com ferimentos mais graves.

Em Barcelona, os serviços de emergência médica assistiram 90 feridos ligeiros, incluindo 13 polícias, um mais grave, em Lleida houve sete feridos e um em Tarragona.

Os comités desconvocaram ao fim da noite os protestos em Barcelona mas os confrontos com a polícia persistiram, com contentores queimados, barricadas nas ruas e arremesso de objetos contra os polícias.

A polícia antimotim carregou várias vezes sobre os manifestantes para os dispersar, acabando por quebrar o cerco ao edifício da delegação do Governo central de Madrid.

Puidgemont foi preso domingo pela polícia alemã junto à fronteira com a Dinamarca no cumprimento de um mandado de detenção europeu emitido pela justiça espanhola.

Na sexta-feira, o Supremo Tribunal espanhol acusou de delito de rebelião 13 separatistas pela sua participação no processo de independência da Catalunha, entre os quais o ex-presidente do executivo regional Carles Puigdemont, fugido na Bélgica.

Carles Puigdemont é acusado de ter organizado o referendo de autodeterminação de 01 de outubro de 2017 apesar de este ter sido proibido por violar a Constituição espanhola.

A 27 de outubro de 2017, Madrid decidiu intervir na Comunidade Autónoma, através da dissolução do parlamento regional, da destituição do executivo regional e da convocação de eleições regionais que se realizaram a 21 de dezembro último.

O bloco de partidos independentistas manteve uma maioria de deputados no parlamento regional e está a ter dificuldades para formar um novo executivo.

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