CEDEAO preocupada com persistência da crise na Guiné-Bissau

por Lusa

A Comissão da Comunidade Economia dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse estar a observar com "grande preocupação"a persistência da crise pós-eleitoral na Guiné-Bissau, refere um comunicado da organização emitido em Abuja, Nigéria.

A preocupação da comissão da CEDEAO aumentou com os últimos desenvolvimentos na Guiné-Bissau, assinala ainda o comunicado, sem fazer qualquer referência sobre como classifica o que está a acontecer desde sexta-feira.

Soldados das Forças Armadas ocuparam vários edifícios estatais, nomeadamente os palácios do Governo e da Justiça, a rádio e a televisão pública, bem como diversas instituições de Estado.

Umaro Sissico Embaló, declarado vencedor das eleições presidenciais pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que tomou posse como Presidente da Guiné-Bissau, num momento em que o Supremo Tribunal de Justiça aprecia um contencioso eleitoral, exonerou o primeiro-ministro, Aristides Gomes e nomeou Nuno Nabian para o posto.

O comunicado da CEDEAO não fez nenhuma referência a estes factos.

O documento reitera o apelo no sentido de se "deixar que os órgãos do Estado façam plenamente o seu papel no respeito à legalidade constitucional", para que se encontre "uma solução plausível para o contencioso eleitoral" e que garanta a paz e a estabilidade no país.

A comissão da CEDEAO volta a convidar o Supremo Tribunal e a CNE cooperarem "de maneira construtiva e diligente" para colocar um fim ao contencioso eleitoral.

Neste quadro, uma missão de peritos eleitorais da organização deverá chegar a Bissau nos próximos dias.

A organização exorta as forças de defesa e segurança no sentido de se absterem de quaisquer iniciativas que possam agravar a situação política e comprometer a paz e a ordem constitucional no país.

Felicita mais uma vez o "profissionalismo das forças da Ecomib" (contingente de países da CEDEAO estacionado em Bissau desde o golpe de Estado de 2012) e insta os homólogos guineenses a se manterem neutros perante a crise política na Guiné-Bissau.

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