Centenas de jornalistas, repórteres de guerra e fotojornalistas exigem acesso imediato à Faixa de Gaza

Mais de uma centena de jornalistas, repórteres de guerra e fotojornalistas assinaram uma petição a exigir o acesso imediato da imprensa estrangeira à Faixa de Gaza.

Antena 1 /

Foto: Doaa Rouqa - Reuters

Uma petição contra aquilo a que chamam "o pior apagão da imprensa em conflitos modernos".

Nomes de referência da CNN Internacional, como Christiane Amanpour ou Anderson Cooper estão entre os subscritores desta campanha.

Ouvido pela Antena 1, o fotojornalista brasileiro André Liohn, que coordena a iniciativa, sublinha que é urgente acabar com o desrespeito pela liberdade de imprensa. 

Quase dois anos depois do início do conflito em Gaza, André Liohn diz que a petição faz parte de um movimento internacional cada vez mais forte que conta com o apoio de organizações como a Associação de Jornalistas Europeus ou dos Repórteres Sem Fronteiras.

O fotojornalista, com experiência em cenários de guerra, acredita que muitas mais assinaturas vão surgir.


André Liohn, que já trabalhou com a Time, o Der Spiegel ou o Le Monde, conta à Antena 1 que à semelhança de outros jornalistas já tentou várias vezes entrar na Faixa de Gaza, sem sucesso.

Uma situação que torna esta guerra diferentes de outras.
Está na hora de mudar e de Israel autorizar o trabalho de jornalistas estrangeiros em Gaza, diz.

Quanto aos repórteres locais, André Liohn descreve uma situação inaceitável.

Uma situação que vai além da censura e que atinge proporções desumanas.
Desde o início da guerra quase 200 jornalistas foram mortos. A maioria palestinianos.

Depois de várias tentativas de cessar-fogo falhadas, os jornalistas estrangeiros continuam impedidos de aceder a Gaza por causa das restrições de Israel.

Televive alega questões de segurança, mas os funcionários de organizações humanitárias ou alguns líderes religiosos já tiveram autorização para entrar no enclave palestiniano.

André Liohn explica que este movimento vai contatar tanto Israel como o Hamas e deixar exigências.
"Este é o momento. O jornalismo não pode ser silenciado" - são sublinhados desta petição que pode ser assinada através da página "Freedom to Report" na rede social X ou em freedomtoreport.org.
PUB