Central sindical da Guiné-Bissau convoca greve da função pública de 9 a 13 de novembro

por Lusa

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG), principal central sindical guineense, entregou hoje ao Governo um pré-aviso de greve geral da função pública de 09 a 13 de novembro, reclamando melhores condições de vida.

"A UNTG, confiante na boa-fé que deve ser característica da atuação de qualquer Governo, procede à entrega do presente pré-aviso de greve que deverá concretizar-se nos próximos dias 09, 10, 11, 12, 13 do ano em curso, ou seja, a partir das 00:00 do dia 09 e até às 23:59 minutos do dia 13 de novembro", refere no pré-aviso divulgado à imprensa.

No pré-aviso de greve, a central sindical refere estar disponível para um "diálogo sério e responsável" com o Governo da Guiné-Bissau.

A UNTG, principal central sindical do país, já tinha anunciado esta semana que iria entregar um pré-aviso de greve geral para a função pública para exigir o cumprimento das reivindicações entregues ao Governo há 45 dias, onde reclama, entre outros, a melhoria das condições de vida dos funcionários públicos e o cumprimento da legislação de ingresso na função pública.

Em declarações, na quinta-feira, aos jornalistas, o ministro das Finanças guineense, João Fadia, apelou à consciência profissional e de cidadania dos guineenses, lembrando que o país está atualmente em recessão económica.

"A nossa economia vai conhecer um recuo, vai haver uma recessão e o crescimento será de -2,9%", afirmou João Fadia, em conferência de imprensa, salientando que em 2020 a receita interna caiu 28%.

O ministro das Finanças explicou que o recuo do crescimento económico e das receitas internas ocorreu devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus e que aconteceu em todo o mundo.

"O nosso crescimento negativo significa a riqueza que nós produzimos, a consciência profissional, a consciência de cidadania deviam estar presente em todas as nossas ações, incluindo as reivindicações", afirmou o ministro.

João Fadia disse também que o Governo só pode fazer aquilo que pode e que só vai até ao limite das suas capacidades.

"Nesta altura, eu penso, que as nossas capacidades limitam-nos a fazer esse esforço que já fizemos", afirmou.

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