Centro Emergência da UE já a postos para ajudar países do sul a combater fogos

Bruxelas, 08 jul (Lusa) -- O novo Centro de Resposta a Emergências (CRE) da União Europeia já está a monitorizar os riscos de incêndios florestais na Europa e em contacto regular com os países com maiores probabilidades de precisarem de apoio, como Portugal.

Lusa /

De acordo com uma nota hoje divulgada pela Comissão Europeia, ao longo do verão, a CRE organiza vídeoconferências semanais com os países com maiores riscos de incêndios florestais e cujas capacidades nacionais podem vir a revelar-se insuficientes, especificando que os países mais "propensos" a fogos são Espanha, Croácia, Portugal, Grécia, Itália e França.

O presidente da Comissão, Durão Barroso, inaugurou em maio passado, em Bruxelas, o Centro de Resposta a Emergências (ERC), que tem como função coordenar o envio de ajuda humanitária e a atuação da proteção civil da União Europeia.

O novo centro substitui e amplia assim o Centro de Informação e Monitorização (MIC) como centro operativo e de coordenação dos recursos dos distintos Estados, denominado Mecanismo de Proteção Civil Europeu, que, nos últimos três verões, foi ativado 18 vezes para responder a incêndios florestais dentro e fora da UE.

Segundo dados do executivo comunitário, durante a época de incêndios florestais de 2012, registaram-se nove pedidos de assistência, tendo Portugal e seis outros países pedido designadamente meios aéreos.

A época mais crítica em incêndios florestais em Portugal começou há uma semana, a 01 de julho, tendo o dispositivo este ano como novidades dez grupos de reforço de ataque ampliado (GRUATA) e a participação de reclusos em ações de prevenção e vigilância.

Durante a fase "Charlie" de combate a incêndios florestais, que se prolonga até 30 de setembro, vão estar operacionais 2.172 equipas de diferentes forças envolvidas, 1.976 viaturas e 9.337 elementos, além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

Até ao final de setembro vão estar também disponíveis 45 meios aéreos, a que se juntam o helicóptero Allouete III e o avião C-295M da Força Aérea Portuguesa, cooperação que este ano vai estar no terreno pela primeira vez.

O DECIF apresenta ainda como novidades dez grupos de reforço de ataque ampliado, denominados GRUATA, a utilização de máquinas de rasto para apoiarem às ações de combate a incêndios florestais e a participação de cerca de mil reclusos em ações de prevenção e vigilância.

 

 

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