Cerca de 300 detidos por envolvimento em raptos em Moçambique em 15 anos

Cerca de 300 pessoas envolvidas em casos de rapto foram detidas desde os primeiros registos destes crimes em Moçambique, em 2010, disse hoje à Lusa o porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

Lusa /

"Esses são números cumulativos desde que iniciaram os raptos em 2010, até hoje", avançou Hilário Lole, porta-voz nacional do Sernic, explicando que esta estatística representa apenas um número "aproximado".

Cerca de 150 empresários foram raptados em Moçambique nos últimos 12 anos e uma centena deixou o país por receio, segundo números divulgados em 2024 pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que defende ser tempo de o Governo dizer "basta".

O último caso deste tipo de crime em Moçambique ocorreu no dia 07 deste mês, quando um empresário português foi raptado na baixa da capital do país, em frente ao seu estabelecimento comercial, conforme avançou então à Lusa fonte da polícia, sendo o primeiro caso do género conhecido publicamente desde junho, altura em que um outro empresário, de nacionalidade libanesa, proprietário de uma farmácia, foi raptado dentro do seu estabelecimento, também em Maputo.

As autoridades policiais moçambicanas anunciaram, em 12 de junho, que o número de raptos em Maputo caiu para metade nos primeiros cinco meses do ano, com quatro casos, contra oito em igual período de 2024.

A polícia moçambicana registou, até março de 2024, um total de 185 raptos, segundo dados anteriores do Ministério do Interior.

A maioria dos raptos cometidos em Moçambique é preparada fora do país, sobretudo na África do Sul, disse em abril de 2024, no parlamento, a antiga procuradora-geral da República Beatriz Buchili.

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