Rice, numa conferência de imprensa com o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Ahmed Aboul Gheit, indicou também que não deverá deslocar-se à região imediatamente.

Disse que fará a viagem quando for "útil e necessária".

O cepticismo de Rice quanto a tentar pôr em prática um cessar- fogo imediato reflecte o ponto de visita expresso pelo governo israelita em procurar mudanças fundamentais para se precaver contra uma nova escalada de violência.

Isso inclui assegurar que o sul do Líbano não continue a ser uma rampa de lançamento para ataques contra Israel.

Já Ahmed Gheit defendeu a necessidade de um cessar-fogo "agora", ao contrário de Rice que o desejou quando as condições forem propícias.

"O Médio Oriente passou por demasiados espasmos de violência e devemos ter em conta circunstâncias subjacentes para criar as condições duradouras aos progressos políticos", prosseguiu Rice.

Ahmed Gheit usou então da palavra, explicando ter discutido com a sua homóloga norte-americana meios para "chegar ao fim das hostilidades, estabelecer um cessar-fogo, e a forma de criar um ambiente propício ao cessar-fogo".

Citou a "aplicação da resolução 1559" da ONU que exige o desmantelamento de todas as milícias libanesas, "o envio do exército libanês ao longo das fronteiras, e a introdução de uma operação forte de manutenção da paz, ou pelo menos o alargamento da presença da FINUL", a força de interposição da ONU no sul do Líbano.

"Um cessar-fogo é imperativo. E devemos continuar a trabalhar para conseguir este objectivo. Devemos fazê-lo agora", exortou.

Rice, que se preparava para deixar o local, regressou então para declarar: "Estamos todos de acordo que isso deve acontecer o mais rápido possível, quando as condições forem propícias".