Mundo
Guerra no Médio Oriente
Cessar-fogo em Gaza. Israel sublinha que acordo entrará em vigor após aprovação do Governo
A estação de televisão Al-Qahera, conotada com o Governo egípcio, anunciou na manhã desta quinta-feira que o acordo sobre a primeira fase do plano do presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra entre Israel e o Hamas em Gaza entrou em vigor às 10h00. No entanto, Israel enfatizou que apenas entrará em vigor após aprovação do Governo.
A emissora estatal egípcia Qahera TV informou que o cessar-fogo entrou oficialmente em vigor após o meio-dia na região (10h00 em Lisboa), quando autoridades de Gaza e Israel o assinaram na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.
No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, esclareceu que o acordo apenas entrará em vigor após a ratificação pelo gabinete israelita, que deverá reunir-se pelas 17h00 locais (15h00 em Lisboa).
No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, esclareceu que o acordo apenas entrará em vigor após a ratificação pelo gabinete israelita, que deverá reunir-se pelas 17h00 locais (15h00 em Lisboa).
O ministro israelita das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou que votará contra este acordo. Por um lado, o ministro disse sentir "imensa alegria" com a libertação dos reféns mantidos na Faixa de Gaza, mas, ao mesmo tempo, manifestou "grande medo" sobre as "consequências de esvaziar as prisões e libertar a próxima geração de líderes terroristas, que farão todo o possível para continuar a derramar rios de sangue judeu".
"Só por esta razão, não podemos aderir às comemorações míopes nem votar a favor do acordo", acrescentou o ministro, sublinhando que Israel tem a "tremenda responsabilidade" de "continuar a lutar com todas as suas forças" após o regresso dos reféns.
Segundo o ministro, o objetivo a alcançar é a "erradicação do Hamas" e o "desarmamento de Gaza", para que deixe de representar "uma ameaça a Israel". De acordo com o tratado, o Hamas aceita libertar os 48 reféns mantidos em Gaza após mais de dois anos de guerra, dos quais as autoridades israelitas estimam que "cerca de 20" ainda estejam vivos. Em troca. Israel deverá libertar 1.950 prisioneiros palestinianos.
Segundo o ministro, o objetivo a alcançar é a "erradicação do Hamas" e o "desarmamento de Gaza", para que deixe de representar "uma ameaça a Israel". De acordo com o tratado, o Hamas aceita libertar os 48 reféns mantidos em Gaza após mais de dois anos de guerra, dos quais as autoridades israelitas estimam que "cerca de 20" ainda estejam vivos. Em troca. Israel deverá libertar 1.950 prisioneiros palestinianos.
Uma fonte israelita citada pela Reuters disse que todos os 20 reféns vivos serão libertados no domingo ou na segunda-feira, em meio à incerteza sobre quando a libertação ocorrerá. O acordo estipula que os reféns sejam libertados dentro de 72 horas após a entrada em vigor do acordo.
A embaixada israelita em Lisboa diz que o acordo permite libertar seis reféns portugueses. "Na noite passada, o Estado de Israel e a organização terrorista Hamas chegaram a um acordo mediado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump. Este acordo marca a primeira fase de um acordo-quadro para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns, incluindo seis portugueses", afirma a embaixada em comunicado.
O acordo prevê também o recuo do Exército israelita para a linha de demarcação estipulada pelos Estados Unidos, marcando a primeira fase da retirada do enclave.
O acordo prevê também o recuo do Exército israelita para a linha de demarcação estipulada pelos Estados Unidos, marcando a primeira fase da retirada do enclave.
O representante do Hamas, Osama Hamdan, disse ao canal de televisão Al-Araby, do Catar, que Israel se retirará militarmente de todas as áreas povoadas de Gaza — incluindo Khan Yunis, Rafah e a Cidade de Gaza.
Hamdan afirma que a retirada ocorrerá esta sexta-feira, uma vez que a libertação dos reféns exige maior liberdade de movimento para os agentes do Hamas, o que significa que Israel deve recuar primeiro.
Hamdan afirma que a retirada ocorrerá esta sexta-feira, uma vez que a libertação dos reféns exige maior liberdade de movimento para os agentes do Hamas, o que significa que Israel deve recuar primeiro.
Ataques em Gaza continuam
Em Gaza, onde a maioria dos mais de dois milhões de pessoas foi deslocada pelos bombardeamentos israelitas, os jovens saíram à rua para celebrar o acordo, mesmo com a continuação dos ataques israelitas em algumas partes do enclave.
Linhas de fumo eram avistadas sobre três subúrbios da Cidade de Gaza nas primeiras horas desta quinta-feira, embora não tenha havido relatos imediatos de vítimas.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos nove palestinianos foram mortos por disparos israelitas nas últimas 24 horas.
c/agências
Em Gaza, onde a maioria dos mais de dois milhões de pessoas foi deslocada pelos bombardeamentos israelitas, os jovens saíram à rua para celebrar o acordo, mesmo com a continuação dos ataques israelitas em algumas partes do enclave.
Linhas de fumo eram avistadas sobre três subúrbios da Cidade de Gaza nas primeiras horas desta quinta-feira, embora não tenha havido relatos imediatos de vítimas.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos nove palestinianos foram mortos por disparos israelitas nas últimas 24 horas.
c/agências