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Chéquia. Colisão entre comboios provoca 47 feridos e prejuízos até seis milhões de euros
A colisão entre um comboio de passageiros e um expresso, perto da estação de Zilv, na Chéquia, provocou 47 feridos, quatro deles em estado grave. As causas ainda estão por apurar, mas a inoperabilidade do equipamento de sinalização e a ultrapassagem de um sinal stop são avançadas como possíveis fatores.
Ainda que não seja conhecida a causa, o jornal Hospodářské noviny avança com a inoperabilidade do equipamento de sinalização como fator que provocou o acidente, que resultou no funcionamento de apenas uma das vias.
Por outro lado, a imprensa também dá conta da ultrapassagem de um sinal stop como possível causa para a colisão entre os dois comboios.
Na rede social X, o ministro cessante dos Transportes, Martin Kupka, afirma que a linha ferroviária da Boémia do Sul não está equipada com o sistema de segurança ETCS, que só deverá ser introduzida depois de 2030. No entanto, o governante acrescenta que “este acidente também demonstra que é necessário continuar a melhorar a segurança moderna que é mais eficaz para prevenir erros humanos”.
Ao Hospodářské noviny, um especialista em infraestruturas, sob anonimato, afirma que "nesta situação, provavelmente nem mesmo o ETCS teria evitado o acidente, não haveria muito o que fazer”.
No entanto, o inspetor-geral da Inspeção Ferroviária, Jan Kučera, adiantou que apenas a investigação pode revelar as causas do acidente, mas admitiu que “vários cenários são possíveis”.
A empresa ferroviária checa já assumiu o pagamento de indemnizações aos feridos, e a polícia criou uma linha de crise, destinada a informações e ajuda psicológica.
O acidente ocorreu por volta das 6h00, tendo sido mobilizados meios de socorro que ainda se encontram no local, que instalaram um hospital de campanha no prado perto da estação de Silv. Foi também acionado o plano de contingência do hospital de České Budějovice, para onde estão a ser encaminhados os feridos. Um dos feridos graves encontra-se internado na unidade de Anestesiologia e Reanimação, e os restantes três na unidade de cuidados intensivos.