Chile em alerta de tsunami após sismo de 7.5 no mar da costa sul

O Chile está sob alerta de tsunami depois de um sismo de magnitude 7.4 ter atingido esta sexta-feira a Passagem de Drake, entre o Cabo Horn e a Antártida, a uma profundidade de apenas dez quilómetros, avançou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

RTP /
Foto: Juan Pablo Ahumada - Unsplash

O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Catástrofes do Chile (SENAPRED) informou que a zona costeira da região de Magallanes, no extremo sul do país, deve ser evacuada devido ao risco de tsunami.

A mesma entidade explicou que este estado de precaução está associado a tsunamis menores. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA fala em ondas de até três metros no Chile.

"Estamos a pedir para evacuar a costa em toda a região de Magallanes", indicou o presidente chileno, Gabriel Boric, na rede social X, acrescentando que todos os recursos do Estado serão disponibilizados para lidar com qualquer impacto.


O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico do Chile estimou que as ondas vão atingir bases na Antártida e cidades no extremo sul do Chile nas próximas horas.

O sismo foi registado às 9h58 locais a 218 quilómetros a sul da cidade de Puerto Williams e a cerca de 2.500 quilómetros de Santiago, segundo o Centro Sismológico Nacional.

Esta entidade registou uma magnitude de 7.5, enquanto o Instituto Geofísico dos EUA assinalou 7.4.

O Chile é um dos países que mais terramotos já registou até hoje. Três placas tectónicas convergem neste território: a placa de Nazca, a placa sul-americana e a placa antártica.

Em 1960, a cidade de Valdivia, no sul do país, foi devastada por um terramoto de magnitude 9.5, considerado o mais forte alguma vez registado, causando a morte de 9.500 pessoas.

Em 2010, um sismo de 8.8 seguido de um tsunami matou mais de 520 pessoas.

c/ agências
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