China condena 27 pessoas a penas de até 12 anos por tráfico de mineral estratégico

Um tribunal chinês condenou hoje 27 pessoas a penas de até 12 anos de prisão por contrabando de lingotes de antimónio, num caso que surge num contexto de endurecimento dos controlos chineses sobre as exportações de minerais estratégicos.

Lusa /
Jerome Favre - Reuters

De acordo com um comunicado divulgado na rede social WeChat, o Tribunal Popular Intermédio de Shenzhen aplicou ao principal arguido, identificado como Wang Wubin, uma pena de doze anos de prisão e uma multa de um milhão de yuan (121 mil euros).

Segundo a sentença, Wang colaborava com uma rede internacional de contrabandistas e, entre fevereiro e março deste ano, recrutou várias pessoas para adquirir os lingotes de antimónio, que foram depois exportados ilegalmente, sem as licenças exigidas pelas autoridades chinesas.

A China é o maior produtor mundial de antimónio - um metal utilizado em ligas industriais e semicondutores - e incluiu o elemento na sua lista de exportações sujeitas a controlo em setembro do ano passado. Tal como o gálio e o germânio, o antimónio chegou a estar temporariamente proibido de ser vendido aos Estados Unidos, em resposta à guerra comercial entre os dois países.

Os restantes 26 arguidos, na maioria recrutados por Wang para a compra e transporte do metal, foram condenados a penas que variam entre quatro meses e cinco anos de prisão, consoante a quantidade traficada.

O processo envolve o contrabando de mais de 166 toneladas métricas de antimónio, das quais cerca de 96 toneladas foram apreendidas pelas autoridades aduaneiras chinesas, indicou o tribunal.

 

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