China condena ataques contra a população civil no Sudão

A China condenou hoje os "ataques contra a população civil" no Sudão, manifestando "profunda preocupação" com a situação no país africano, em particular na cidade de Al Fasher, região ocidental de Darfur, onde têm sido denunciados massacres de civis.

Lusa /
Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning Foto: Reuters

Em conferência de imprensa, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, afirmou que Pequim espera que o Sudão "alcance um cessar-fogo e ponha fim à guerra o mais rapidamente possível, para aliviar a crise humanitária".

"Esperamos que o Sudão reative o processo político, restabeleça a paz e a estabilidade e alcance a reconstrução e o desenvolvimento", acrescentou Mao.

Al Fasher, capital do estado de Darfur do Norte, acolhia centenas de milhares de deslocados e encontrava-se cercada pelas Forças de Apoio Rápido desde maio de 2024. Era o último bastião do Exército sudanês na região.

Desde a queda da cidade, no domingo, várias organizações humanitárias e autoridades locais denunciaram o assassinato em massa de civis, incluindo pessoas que tentavam fugir para zonas mais seguras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 460 pacientes e acompanhantes foram mortos num ataque ao Hospital Materno Saudita durante o fim de semana.

A guerra civil no Sudão provocou já dezenas de milhares de mortes, forçou mais de 13 milhões de pessoas a abandonarem as suas casas e transformou o país na pior crise humanitária do mundo, com metade da população a enfrentar insegurança alimentar grave, segundo dados da ONU.

 

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