China condena passagem de fragata canadiana pelo Estreito de Taiwan

por Lusa
As movimentações no estreito de Taiwan continuam a provocar preocupações Ritchie B. Tongo - EPA

As Forças Armadas chinesas criticaram esta segunda-feira a passagem de uma fragata canadiana pelo Estreito de Taiwan, dias depois da passagem de dois navios norte-americanos, o que, segundo Pequim, prejudica deliberadamente a paz e a estabilidade na região.

O Comando Oriental do Exército de Libertação Popular (ELP), responsável pelas atividades militares em torno de Taiwan, mobilizou as forças aéreas e navais para controlar as ações do HMCS Ottawa, "gerindo a situação de forma eficaz", afirmou o porta-voz das Forças Armadas chinesas, o capitão Li Xi, em comunicado.

"As forças do ELP permanecem sempre em alerta máximo e responderão resolutamente a qualquer ameaça ou provocação", acrescentou o comunicado oficial.

Numa declaração separada, o Ministério da Defesa Nacional (MND) de Taiwan disse que a fragata navegou do sul e para o norte através do Estreito no domingo e que a situação permaneceu "normal" em todos os momentos.

O ministério expressou gratidão ao governo canadiano por "mais uma vez defender, com ações concretas, a liberdade, a paz e a abertura no Estreito de Taiwan".

"Perante as várias ameaças da China, o nosso governo continuará a reforçar a sua capacidade de autodefesa, a resistir resolutamente à propagação do autoritarismo e a aprofundar os intercâmbios e a cooperação com os países que partilham as mesmas ideias", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.

A travessia do HMCS Ottawa ocorreu dias depois de dois navios da Marinha dos Estados Unidos terem atravessado o Estreito de Taiwan, uma faixa marítima considerada por Washington e os seus aliados como águas internacionais e reivindicada por Pequim como sua.

Coincidindo com o trânsito da fragata canadiana, Pequim voltou a intensificar as atividades militares em torno de Taiwan, ilha governada autonomamente desde 1949 e considerada pelas autoridades chinesas como uma província sua, que deve ser reunificada, à força, caso seja necessário.

 

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