Cinco Presidentes latino-americanos vão participar no VIII Fórum Social Mundial em Belém do Pará
Brasília, 23 Jan (Lusa) - Os Presidentes do Brasil, Venezuela, Bolívia, Equador e Paraguai vão participar na 8ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), que será realizada na próxima semana em Belém, no Estado amazónico do Pará e será marcada pela crise mundial.
"A participação dos Presidentes Lula da Silva, Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa e Fernando Lugo está confirmada para o próximo dia 29", disse hoje, em conferência de imprensa, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Luiz Dulci.
Os chefes de Estado vão discutir com os porta-vozes dos movimentos sociais os desafios da crise internacional para a América Latina.
"Além da crise financeira e económica, há também a crise de um modelo que prevaleceu até agora no mundo e que precisa ser repensado", assinalou Dulci.
O ministro referiu que o PR Lula sempre fez questão de participar em todas as edições do FSM realizadas no Brasil - 2001, 2002, 2003 e 2005, em Porto Alegre.
Além do Presidente Lula, 12 ministros brasileiros estarão presentes no Fórum, entre eles Dilma Roussef, da Casa Civil, Carlos Minc, do Meio Ambiente, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social, José Carlos Temporão, da Saúde, Fernando Haddad, da Educação e Luiz Dulci.
Este último apresentará as realizações e perspectivas do Governo Lula da Silva na área social.
"O balanço é positivo e isto é o que a população diz que todas as pesquisas de opinião, mas claro que ainda temos desafios", afirmou, sem citá-los, entretanto.
Questionado se o alegado rompimento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra seria um desses desafios, Dulci assegurou que o MST não procurou o Gverno para comunicar qualquer ruptura.
A questão da Amazónia também será destaque neste FSM, que reunirá cerca de 100 mil participantes de todo mundo em Belém, um dos principais destinos amazónicos, de 27 de Janeiro a 01 de Fevereiro.
Na avaliação do Palácio do Planalto, os países amazónicos têm soberania sobre o seu território, mas os desafios da Amazónia "podem e devem ser debatidos com todos os países do mundo".
CMC.