Mundo
Clinton e Sanders digladiam-se por votos em Flint
Bernie Sanders voltou a desferir inúmeros ataques a Hillary Clinton em mais um debate democrata em Flint, cidade que viveu uma crise da água e tem perto de metade da população a viver abaixo do limiar da pobreza. O candidato à nomeação democrata tenta apelar aos votos da comunidade afro-americana depois da consolidação da liderança de Hillary Clinton nas primárias do chamado “Super Sábado”, apesar do confronto igualado em termos de Estados vencidos.
Em mais um debate democrata, o senador apresentou-se com uma pose ansiosa, estando atrás da adversária em número de delegados ganhos até ao momento, desferindo vários ataques à opositora em matérias económicas, a reforma do Estado Social e Wall Street.
Bernie Sanders tentou um apelo desesperado ao voto da comunidade afro-americana do Estado do Ohio, onde vão decorrer as próximas primárias, e a outros Estados de diversidade racial. Mostrou-se mais agressivo do que nunca frente a uma Hillary Clinton calma, positiva, que tentou apelar à união do Partido Democrático, chamando a si os apoiantes de Sanders naquilo que é uma antecipação da nomeação como candidata democrata à Casa Branca.
Ataques violentos
Apresentando um semblante ansioso, pouco comum no candidato, Bernie Sanders mostrou agressividade contra a adversária, apesar de não ter atingido a animosidade que se constatou nos debates republicanos.
A economia continua no centro das atenções do senador, que afirmou que Clinton apoiou demasiadas medidas que empobreceram os trabalhadores norte-americanos, empurrando-os para condições de precariedade, a trabalhar a 25 cêntimos por hora. O mesmo que os mexicanos ganharam durante anos.

Bernie Sanders abordou também os amigos de Hillary Clinton em Wall Street, responsáveis pela crise económica em 2008, e que ficaram isentos de qualquer responsabilidade.
Num momento mais tenso do debate, a candidata interrompeu Sanders, que num tom brusco avisou: “Com licença, estou a falar!”.
Sanders continuou e usou os mandatos de Bill Clinton para mostrar os pontos de vista da esposa na campanha em 2016. O senador acusou-a de ter apoiado várias reformas que colocaram a comunidade afro-americana no desemprego. Mais um apelo ao voto da comunidade que tem sido um dos esteios da vantagem confortável de Hillary Clinton nas primárias.
O uso das questões raciais
Um dos momentos em que Hillary Clinton se mostrou mais desconfortável prendeu-se com uma das questões de um dos moderadores sobre a razão pela qual os votantes negros deveriam votar na antiga secretária de Estado já que em 1994, apoiou uma reforma de justiça que mandou várias pessoas negras para a prisão.
Clinton mostrou-se desconfortável e tentou esquivar-se a uma resposta, fazendo mea culpa logo a seguir, ao afirmar que “muitas famílias foram desfeitas e muitas comunidades afetadas”.
No entanto, pressionada pelo moderador Don Lemon, Hillary tentou virar agulhas para Sanders, que também votou a favor. “Vão fazer-lhe essa pergunta?”.
Apesar do momento de maior tensão e desconforto, matérias sobre direitos sociais como violência contra mulheres são de convergência entre os candidatos.
A favor de Clinton: as armas
Um dos grandes pontos debatidos em que Hillary Clinton saiu vencedora foi a questão das armas nos Estados Unidos. A antiga secretária de Estado norte-americana pede que se acabe com a imunidade dos produtores de munições.
Hillary Clinton acusou o adversário de defender donos de empresas de armas que matam cidadãos em tiroteios e diz querer acabar com a imunidade dos mesmos, em casos de ataques em massa que afetam os Estados Unidos todos os dias e matam milhares de pessoas todos os anos.

Um ponto a favor de Clinton, especialmente com a comunidade afro-americana, que tem sido extremamente afetada pela violência com armas.
Bernie Sanders apenas contestou que o objetivo de Clinton é a acabar com a manufatura de armas nos Estados Unidos.
Herança judaica de Sanders
A raça e a origem dos diferentes candidatos continua a ser um dos temas mais fraturantes das campanhas presidenciais. Aconteceu com Ted Cruz e Marco Rubio, do lado republicano, e Bernie Sanders, judeu, foi questionado sobre a sua herança e razão que o leva a abordar pouco o tema.
O senador foi perentório e mostrou um lado mais pessoal, revelando que é um homem orgulhoso por ser judeu e disse ser uma parte essencial daquilo que o faz humano. E relembrou também que a sua família foi uma das vítimas de Hitler, durante o Holocausto.
“Eu sei o que extremismo louco e radical significa. Aprendi essa lição ainda era uma criança”.
Bernie Sanders tentou um apelo desesperado ao voto da comunidade afro-americana do Estado do Ohio, onde vão decorrer as próximas primárias, e a outros Estados de diversidade racial. Mostrou-se mais agressivo do que nunca frente a uma Hillary Clinton calma, positiva, que tentou apelar à união do Partido Democrático, chamando a si os apoiantes de Sanders naquilo que é uma antecipação da nomeação como candidata democrata à Casa Branca.
Ataques violentos
Apresentando um semblante ansioso, pouco comum no candidato, Bernie Sanders mostrou agressividade contra a adversária, apesar de não ter atingido a animosidade que se constatou nos debates republicanos.
A economia continua no centro das atenções do senador, que afirmou que Clinton apoiou demasiadas medidas que empobreceram os trabalhadores norte-americanos, empurrando-os para condições de precariedade, a trabalhar a 25 cêntimos por hora. O mesmo que os mexicanos ganharam durante anos.
Bernie Sanders abordou também os amigos de Hillary Clinton em Wall Street, responsáveis pela crise económica em 2008, e que ficaram isentos de qualquer responsabilidade.
Num momento mais tenso do debate, a candidata interrompeu Sanders, que num tom brusco avisou: “Com licença, estou a falar!”.
Sanders continuou e usou os mandatos de Bill Clinton para mostrar os pontos de vista da esposa na campanha em 2016. O senador acusou-a de ter apoiado várias reformas que colocaram a comunidade afro-americana no desemprego. Mais um apelo ao voto da comunidade que tem sido um dos esteios da vantagem confortável de Hillary Clinton nas primárias.
O uso das questões raciais
Um dos momentos em que Hillary Clinton se mostrou mais desconfortável prendeu-se com uma das questões de um dos moderadores sobre a razão pela qual os votantes negros deveriam votar na antiga secretária de Estado já que em 1994, apoiou uma reforma de justiça que mandou várias pessoas negras para a prisão.
Clinton mostrou-se desconfortável e tentou esquivar-se a uma resposta, fazendo mea culpa logo a seguir, ao afirmar que “muitas famílias foram desfeitas e muitas comunidades afetadas”.
No entanto, pressionada pelo moderador Don Lemon, Hillary tentou virar agulhas para Sanders, que também votou a favor. “Vão fazer-lhe essa pergunta?”.
Apesar do momento de maior tensão e desconforto, matérias sobre direitos sociais como violência contra mulheres são de convergência entre os candidatos.
A favor de Clinton: as armas
Um dos grandes pontos debatidos em que Hillary Clinton saiu vencedora foi a questão das armas nos Estados Unidos. A antiga secretária de Estado norte-americana pede que se acabe com a imunidade dos produtores de munições.
Hillary Clinton acusou o adversário de defender donos de empresas de armas que matam cidadãos em tiroteios e diz querer acabar com a imunidade dos mesmos, em casos de ataques em massa que afetam os Estados Unidos todos os dias e matam milhares de pessoas todos os anos.
Um ponto a favor de Clinton, especialmente com a comunidade afro-americana, que tem sido extremamente afetada pela violência com armas.
Bernie Sanders apenas contestou que o objetivo de Clinton é a acabar com a manufatura de armas nos Estados Unidos.
Herança judaica de Sanders
A raça e a origem dos diferentes candidatos continua a ser um dos temas mais fraturantes das campanhas presidenciais. Aconteceu com Ted Cruz e Marco Rubio, do lado republicano, e Bernie Sanders, judeu, foi questionado sobre a sua herança e razão que o leva a abordar pouco o tema.
O senador foi perentório e mostrou um lado mais pessoal, revelando que é um homem orgulhoso por ser judeu e disse ser uma parte essencial daquilo que o faz humano. E relembrou também que a sua família foi uma das vítimas de Hitler, durante o Holocausto.
“Eu sei o que extremismo louco e radical significa. Aprendi essa lição ainda era uma criança”.