Mundo
Comissão de inquérito diz que empresas tinham "uma cultura de complacência”
A comissão federal que está a investigar as causas do derrame petrolífero no Golfo do México diz que três das empresas envolvidas, praticavam “uma cultura de complacência” e todas cometeram erros graves antes da catástrofe. No entanto a comissão diz não ter encontrado provas de que tenha havido “uma tentativa consciente”de cortar na segurança para poupar dinheiro, que possa ter contribuído para a explosão na plataforma petrolífera.
A explosão na plataforma Deepwater Horizon, a 20 de Abril deste ano, matou onze trabalhadores e poluiu centenas de quilómetros da costa dos EUA no que foi considerada a pior maré negra da história dos EUA.
Desde então, as três companhias directamente envolvidas, (a BP, que detinha os direitos da exploração do poço, a Transocean que era dona da plataforma e a Halliburton que procedeu aos trabalhos de deposição do cimento no local) têm vindo a apontar culpas recíprocas.
"Faltava cultura de segurança"Um dos vice-presidentes da comissão da Casa Branca que investiga os factos, resumiu as primeiras conclusões, dizendo que “Não havia uma cultura de segurança na plataforma”.
Bill Reilly apelou a uma reforma “de cima abaixo” das três companhias envolvidas na jazida, conhecida por poço Macondo, acusando as mesmas de terem tomado “uma série de más decisões”.
Segundo este responsável da comissão federal de inquérito, “parece ter havido uma corrida para completar o poço Macondo, e é preciso investigar o que impeliu as pessoas a decidirem que não podiam esperar até que estivessem disponíveis cimento ou centralizadores de qualidade”.
O painel de investigadores tinha anteriormente concluído que o cimento utilizado para selar o poço pode ter contribuído para a sobrecarga que causou a explosão e que as companhias envolvidas no processo haviam efectuado testes, que tinham determinado que o cimento era “instável”.
Trabalhos estavam atrasadosQuando se deu a explosão, o poço estava com um atraso de 45 dias em relação ao calendário previsto. De acordo com o principal conselheiro da comissão de inquérito, Fred Bartlit, os custos de operação do poço alugado pela BP rondavam os mil e quinhentos milhões de dólares por dia, o que “pesava sobre a cabeça das pessoas que trabalhavam na na plataforma” .
No entanto o mesmo responsável admite que este facto não significa “que essas pessoas quisessem que os seus colegas, ou elas próprias arriscassem a vida”.
Mesmo assim outro vice-presidente da comissão, Bob Graham, diz que parecia haver uma compulsão para ter o poço pronto no período entre 19 a 20 de Abril . Graham pergunta mesmo “porque é que este prazo era tão importante para os gestores que estes optaram por não examinar mais cuidadosamente os trabalhos de consolidação do poço” com cimento.
Para já a comissão vai investigar a fundo os horários e o ritmo dos trabalho nos dias que antecederam a explosão.
Estão por conhecer ainda os resultados dos testes efectuados ao dispositivo de segurança contra sobrecargas, que deveria ter fechado o poço em caso de emergência e não funcionou. O Governo Federal tomou posse do dispositivo e entregou-o a uma firma de engenharia norueguesa que o vai inspeccionar “até ao último parafuso”.
O relatório final da comissão só será publicado a 11 de Janeiro do ano que vem.
Desde então, as três companhias directamente envolvidas, (a BP, que detinha os direitos da exploração do poço, a Transocean que era dona da plataforma e a Halliburton que procedeu aos trabalhos de deposição do cimento no local) têm vindo a apontar culpas recíprocas.
"Faltava cultura de segurança"Um dos vice-presidentes da comissão da Casa Branca que investiga os factos, resumiu as primeiras conclusões, dizendo que “Não havia uma cultura de segurança na plataforma”.
Bill Reilly apelou a uma reforma “de cima abaixo” das três companhias envolvidas na jazida, conhecida por poço Macondo, acusando as mesmas de terem tomado “uma série de más decisões”.
Segundo este responsável da comissão federal de inquérito, “parece ter havido uma corrida para completar o poço Macondo, e é preciso investigar o que impeliu as pessoas a decidirem que não podiam esperar até que estivessem disponíveis cimento ou centralizadores de qualidade”.
O painel de investigadores tinha anteriormente concluído que o cimento utilizado para selar o poço pode ter contribuído para a sobrecarga que causou a explosão e que as companhias envolvidas no processo haviam efectuado testes, que tinham determinado que o cimento era “instável”.
Trabalhos estavam atrasadosQuando se deu a explosão, o poço estava com um atraso de 45 dias em relação ao calendário previsto. De acordo com o principal conselheiro da comissão de inquérito, Fred Bartlit, os custos de operação do poço alugado pela BP rondavam os mil e quinhentos milhões de dólares por dia, o que “pesava sobre a cabeça das pessoas que trabalhavam na na plataforma” .
No entanto o mesmo responsável admite que este facto não significa “que essas pessoas quisessem que os seus colegas, ou elas próprias arriscassem a vida”.
Mesmo assim outro vice-presidente da comissão, Bob Graham, diz que parecia haver uma compulsão para ter o poço pronto no período entre 19 a 20 de Abril . Graham pergunta mesmo “porque é que este prazo era tão importante para os gestores que estes optaram por não examinar mais cuidadosamente os trabalhos de consolidação do poço” com cimento.
Para já a comissão vai investigar a fundo os horários e o ritmo dos trabalho nos dias que antecederam a explosão.
Estão por conhecer ainda os resultados dos testes efectuados ao dispositivo de segurança contra sobrecargas, que deveria ter fechado o poço em caso de emergência e não funcionou. O Governo Federal tomou posse do dispositivo e entregou-o a uma firma de engenharia norueguesa que o vai inspeccionar “até ao último parafuso”.
O relatório final da comissão só será publicado a 11 de Janeiro do ano que vem.