Comunidade internacional condena ataque "terrorista" e "antissemita" em praia australiana
Sydney, 14 dez 2025 (Lusa) -- A comunidade internacional condenou hoje o terrorismo e o antissemitismo, numa reação ao ataque na praia australiana de Bondi, Sydnei, que causou 12 mortos entre pessoas que participavam num festival judaico.
No ataque morreram 12 pessoas, entre os quais um dos dois atacantes, e ficaram feridas três dezenas de pessoas, uma ação que as autoridades locais classificaram como ato terrorista.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou-se "chocada com o trágico ataque na praia de Bondi" e enviou as "mais sinceras condolências às famílias e entes queridos das vítimas".
"A Europa solidariza-se com a Austrália e as comunidades judaicas em todo o mundo. Estamos unidos contra a violência, o antissemitismo e o ódio", disse Von der Leyen através de uma mensagem na plataforma X.
Por seu turno, a alta representante europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, acrescentou que "este ato atroz de violência contra a comunidade judaica deve ser veementemente condenado" e insistiu que "a Austrália é um dos países mais próximos da Europa e estamos plenamente solidários com o povo australiano".
"Notícias profundamente perturbadoras chegam-nos da Austrália", declarou o chefe do governo britânico, Keir Starmer, na plataforma X.
"O Reino Unido envia os seus pensamentos e condolências a todas as pessoas afetadas pelo terrível ataque perpetrado na praia de Bondi. Estou a ser mantido informado sobre a evolução da situação", acrescentou o governante britânico, país que partilha o monarca com a Austrália.
A França "continuará a lutar sem fraqueza contra o ódio antissemita", garantiu o Presidente francês Emmanuel Macron, pouco depois do anúncio deste ataque.
Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, disse estar "sem palavras", após o ataque ocorrido em Sydney, na praia de Bondi.
"É um ataque aos nossos valores comuns. Temos de pôr fim a este antissemitismo --- aqui na Alemanha e em todo o mundo", afirmou o líder alemão, numa mensagem publicada no X.
O primeiro-ministro belga, Bart de Wever, também publicou uma mensagem nas suas redes sociais, salientando: "o antissemitismo não tem lugar nas nossas sociedades e devemos enfrentá-lo com determinação inabalável".
O primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, disse ter "transmitido a sua solidariedade" ao governo australiano "neste dia sombrio para a Austrália".
"Condenando mais uma vez com firmeza qualquer forma de violência e antissemitismo, a Itália expressa as suas condolências às vítimas e permanece próxima dos seus entes queridos, dos feridos, da comunidade judaica e renova a sua amizade ao povo australiano", escreveu no X a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Depois de o seu Presidente já se ter pronunciado sobre o caso, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, prometeu o apoio de Telavive aos judeus de todo o mundo.
"Expresso as minhas mais sinceras condolências às famílias das vítimas do abominável ataque terrorista perpetrado hoje na Austrália contra a comunidade judaica" local, "desejo uma rápida recuperação aos feridos e fortaleço os membros da comunidade judaica que se opõem ao ódio assassino".
"O Estado de Israel continuará a apoiar as comunidades judaicas em todo o mundo, a apoiá-las e a lutar com todas as suas forças contra o antissemitismo e o terrorismo, em todos os lugares e em todos os momentos", acrescentou o governante israelita.