Condenado por assalto ao Capitólio dos EUA detido por "ameaça terrorista" a dirigente democrata

Um apoiante de Donald Trump condenado pelo ataque ao Capitólio em 2021 e depois perdoado pelo Presidente reeleito, foi detido por "ameaça terrorista" contra um dirigente democrata do Congresso, segundo a imprensa norte-americana.

Lusa /
Reuters

O suspeito, Christopher Moynihan, foi colocado em prisão preventiva e deverá comparecer em tribunal na quinta-feira, anunciou a Polícia do Estado de Nova Iorque.

O suspeito de 34 anos ameaçou o líder democrata da Câmara de Representantes, Hakeem Jeffries, segundo vários media, que citam documentos judiciais. 

Numa troca de mensagens de texto com uma pessoa não identificada, Moynihan é suspeito de ter assinalado que Jeffries iria discursar em Nova Iorque em breve e que pretendia matá-lo.

"Não posso deixar este terrorista viver. Mesmo que as pessoas me odeiem, ele deve ser eliminado... Eu matá-lo-ei para o futuro", terá dito o acusado, segundo os documentos judiciais citados.

Reagindo à detenção, Jeffries observou que "a pessoa detida, juntamente com milhares de criminosos violentos que invadiram o Capitólio dos Estados Unidos no ataque de 06 de janeiro [de 2021], foi perdoada por Donald Trump no seu primeiro dia de mandato", em janeiro de 2025.

"Infelizmente, os nossos bravos homens e mulheres agentes da autoridade são forçados a dedicar o seu tempo a proteger as nossas comunidades destes indivíduos violentos que nunca deveriam ter sido perdoados", frisou.

Moynihan foi condenado em fevereiro de 2023 a 21 meses de prisão por, entre outras coisas, "obstrução de um procedimento oficial", um crime federal e cinco delitos relacionados.

Juntamente com centenas de manifestantes, invadiu o Capitólio para protestar contra a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden perante Trump em 2020, um acontecimento inédito que resultou na morte de cinco pessoas.

Foi condenado por estar entre os manifestantes que violaram o perímetro de segurança do edifício e forçaram a entrada.

Numa das suas primeiras ações após a sua tomada de posse, em janeiro, Donald Trump perdoou todos os envolvidos no ataque, alegando uma "grave injustiça nacional".

Tópicos
PUB