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Conflito entre Rússia e Ucrânia impulsiona preço do petróleo
O receio de que uma guerra aberta na Europa de Leste interrompa os fornecimentos fez disparar o preço do petróleo. Em 24 horas, o barril atingiu um máximo de 97,96 dólares (86,53 euros), mas pode continuar a subir. As bolsas mundiais fecharam na segunda-feira com perdas. O nervosismo nos mercados deve manter-se ou aumentar, à medida que as forças russas avançam nas regiões separatistas da Ucrânia.
A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo a seguir da Arábia Saudita. É também o maior produtor de gás natural.
O presidente russo fala em forças de "manutenção de paz", Biden responde que empregar tal designação é "absurdo" e adverte que a Rússia está a criar uma manobra de pressão para desencadear a guerra.Desequilíbrio entre oferta e procura: Rússia como "jogadora"
Para Sue Trinh, gestora da Manulife Investment Management, a crise na Europa de leste pode ter "implicações substanciais". Trinh relembra que sanções que forcem a Rússia a diminuir o fornecimento de gás natural ou petróleo terão "impacto importante na economia global".
"A Rússia é responsável por um em cada dez barris de petróleo consumidos globalmente, por isso é uma jogadora importante quando se trata do preço do petróleo e, é claro, vai realmente prejudicar os consumidores nas bombas de gasolina", argumenta Currie, citada na BBC.
No passado, já houve sanções dos EUA e da UE à Rússia por vários anos, o que provocou um "impacto maciço" na economia russa. As sanções aplicadas durante esta crise provavelmente serão "aprofundadas", disse Currie, podendo "incluir sanções a instituições financeiras".
Os preços do petróleo subiram já 2,8 por cento e atingiram máximos dos últimos sete anos, após o anúncio do avanço de forças russas pelas fronteiras ucranianas, na última madrugada.
Os investidores reduziram a exposição a ativos mais arriscados, demonstrando que os mercados estão a reagir mal à crise entre Rússia, Ucrânia e Ocidente.
A bolsa de Lisboa foi "a única a fechar com um ganho de 0,7 por cento", com destaque para a EDP Renováveis que liderou com o valor positivo de 7,6 por perto.
Com as colunas militares russas a instalarem-se nas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk, os aliados ocidentais começam a pôr em prática sanções a Moscovo.
O presidente russo fala em forças de "manutenção de paz", Biden responde que empregar tal designação é "absurdo" e adverte que a Rússia está a criar uma manobra de pressão para desencadear a guerra.Desequilíbrio entre oferta e procura: Rússia como "jogadora"
Para Sue Trinh, gestora da Manulife Investment Management, a crise na Europa de leste pode ter "implicações substanciais". Trinh relembra que sanções que forcem a Rússia a diminuir o fornecimento de gás natural ou petróleo terão "impacto importante na economia global".
A combinação da iminente guerra e da falta de investimento no aprovisionamento energético mundial desencadeia o aumento do preço do petróleo, que pode ultrapassar os 100 dólares por barril, alerta Maike Currie, diretora de investimentos da Fidelity International.
No passado, já houve sanções dos EUA e da UE à Rússia por vários anos, o que provocou um "impacto maciço" na economia russa. As sanções aplicadas durante esta crise provavelmente serão "aprofundadas", disse Currie, podendo "incluir sanções a instituições financeiras".
Os preços do petróleo subiram já 2,8 por cento e atingiram máximos dos últimos sete anos, após o anúncio do avanço de forças russas pelas fronteiras ucranianas, na última madrugada.
"O aumento dos custos do petróleo foi o efeito inicial mais óbvio das ações da Rússia contra a Ucrânia", sublinha Saul Eslake, um economista independente, citado no Guardian.
"O mundo pode supor que o petróleo russo não estará disponível para o mercado porque os russos optaram por não disponibilizá-lo ou o Ocidente optou por não comprá-lo ou, de alguma outra forma, impede o comércio de petróleo", sustenta Eslake.
O reflexo mais direto na bolsa dos consumidores será o aumento do preço, não só dos combustíveis como também de todos os produtos que dependam dos recursos energéticos para produção industrial.
As bolsasOs investidores reduziram a exposição a ativos mais arriscados, demonstrando que os mercados estão a reagir mal à crise entre Rússia, Ucrânia e Ocidente.
De acordo com a jornal britânico The Guardian, "os mercados de ações na Ásia caíram cerca de um por cento, enquanto os indicadores equivalentes em Hong Kong perderam até três por cento e os de Tóquio dois por cento".
A tendência de descida da bolsa russa já vem desde a semana passada, com uma desvalorização de 2,6 por cento.
Na Europa, a banca perdeu "4,7 por cento devido ao aumento do risco, com os bancos mais expostos à Rússia a serem penalizados", de acordo com a análise da DECO.