Constelação "Starlink" já conta com 652 satélites em órbita

por Nuno Patrício - RTP
Foto: Space X/DR

A empresa espacial do multimilionário Elon Musk, Space X, realizou esta sexta-feira o lançamento com sucesso de mais 57 satélites para criar rede mundial de Internet de alta velocidade de nome Starlink.

O novo conjunto de satélites junta-se a 595 outros “parceiros electrónicos” que já se encontravam em órbita terrestre com o objetivo de atingir o máximo proposto de 800 satélites, por Elon Musk, está praticamente atingido.

O lançamento desta sexta-feira realizou-se na base espacial norte-americana de Cabo Canaveral, na Florida, à 01:12 (hora local, 06:12 em Lisboa), e é o décimo desde 2019 ligado ao projeto Starlink.

Mais uma vez, este lançamento utilizou o foguetão reutilizável da marca designado como Falcon 9.



De acordo com o CEO da Space X, Elon Musk, para se conseguir um mínimo de cobertura da projetada rede de internet, são necessários entre 400 e 800 satélites.
Os satelites da constelação Starlink vão ficar "estacionados" em órbita de forma geosíncrona e a cerca de 550 quilómetros de altitude. Os satélites de comunicações regulares são colocados normalmente entre os 800 e os 1000 quilómetros acima da superfície terrestre.
E, se estiver correto, neste momento essa cobertura está assegurada, estando já a empresa a realizar testes da rede em vários pontos do planeta.

Este lançamento de mais uma constelação de satélites Starlink ocorreu cerca de uma semana depois de a Space X ter concluído com êxito a sua primeira missão tripulada à Estação Espacial Internacional (EEI), perspetivando voos comerciais e turísticos ao espaço.

Foi a primeira vez, desde o fim do programa de vaivéns espaciais norte-americano, em 2011, que uma nave descolou e chegou a território americano.


A amaragem, no domingo, foi igualmente um momento histórico. Tal não sucedia desde 24 de julho de 1975, depois de uma missão conjunta com cosmonautas russos em que as naves do programa Apollo e Soyuz estiveram acopladas na órbita terrestre, colocando simbolicamente um ponto final às tensões entre Estados Unidos e União Soviética na corrida espacial à data.
Estágio principal Falcon 9 regressa em segurança
Começa já a ser normal, embora sempre muito interessante, ver um foguete regressar à Terra e a pousar verticalmente.

Foi o que voltou a acontecer ao foguete Falcon 9, depois de se separar da cápsula contendo os satélites.

O estágio principal do Falcon 9 pousou na plataforma flutuante da SpaceX no Oceano Atlântico, chamada Of Course I Still Love You (É Claro que Ainda Te Amo).
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