Mundo
Guerra na Ucrânia
Contraofensiva. "Precisamos de um pouco mais de tempo", admite Zelensky
O presidente ucraniano reconhece que a Ucrânia ainda não está pronta para desencadear a esperada contraofensiva da primavera, por falta de meios militares. Durante uma entrevista em Kiev a emissoras públicas europeias, divulgada esta quinta-feira, Volodymyr Zelensky reitera que não aceita entregar território ucraniano a Moscovo.
Num momento em que Ucrânia reivindica sucesso no leste, onde as suas tropas conduzem "contra-ataques eficazes" na área de Bakhmut, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admite que o país ainda precisa de "um pouco mais de tempo", antes de lançar a tão esperada contraofensiva.
Depois de terem infligido "enormes perdas" às forças russas e aos mercenários do grupo Wagner, as forças de Kiev aguardam a chegada de mais armas dos aliados ocidentais.
Esta ajuda inclui equipamento alemão como os Leopard 2 e os britânicos Challenger 2 e outros veículos blindados como os norte-americano Bradleys e Strykers.
Apoio dos EUA
Estas declarações de Zelensky acontecem um dia depois do anúncio norte-americano de um novo pacote de ajuda de 1,2 mil milhões de dólares para a Ucrânia, destinado a reforçar as defesas aéreas e manter o fornecimento de munições.
Estas declarações de Zelensky acontecem um dia depois do anúncio norte-americano de um novo pacote de ajuda de 1,2 mil milhões de dólares para a Ucrânia, destinado a reforçar as defesas aéreas e manter o fornecimento de munições.
Volodymyr Zelensky diz acreditar que vencerá a guerra antes das eleições norte-americanas de 2024 e minimiza o impacto de um cenário de viragem de Biden para Trump.
A Ucrânia ainda tem garantido o apoio bipartidário no Congresso dos EUA, afiança Zelensky. "Quem sabe onde estaremos quando decorrerem as eleições?", questiona, para afirmar: "Acredito que venceremos até lá".
Nem pensar em perder território
Para já, são remotas as possibilidades de uma solução negociada de paz. Kiev e Moscovo mantêm a palavra de que vão lutar até a vitória de um e capitulação do outro.
Nem pensar em perder território
Para já, são remotas as possibilidades de uma solução negociada de paz. Kiev e Moscovo mantêm a palavra de que vão lutar até a vitória de um e capitulação do outro.
O presidente Zelensky avançou com uma proposta de paz com dez pontos. Pede a devolução de todos os territórios invadidos, pagamentos de reparação por danos da guerra e a criação de um tribunal especial para processar crimes de guerra russos, um plano que Moscovo rejeitou categoricamente.
O New York Times noticiou que nove das 12 unidades militares ucranianas foram treinadas por vários países da NATO, incluindo Estados Unidos e França, no quadro da preparação da contraofensiva.
Em caso de falha, mesmo parcial, de um novo ataque, Zelensky teme que o Ocidente reduza as ajudas e encoraje Kiev a negociar com Moscovo a possivel concessão de territórios, entretanto já sob domínio russo.
As forças russas fortaleceram as defesas ao longo de uma linha de frente de 1.450 quilómetros de extensão, que vai das regiões orientais de Lugansk e Donetsk até Zaporizhzhia e Kherson, no sul.