Kim Jong-un prometeu ampliar o arsenal nuclear da Coreia do Norte, num discurso proferido durante a parada militar que marcou o 90.º aniversário da fundação das Forças Armadas do país.
"Com vista a um contexto político e militar turbulento e a várias crises que estão por vir”, as armas nucleares são "um símbolo do poder nacional" e devem ser diversificadas, argumentou Jong-un, acrescentando que, embora esse armamento tenha sobretudo um papel dissuasor, pode ser utilizado se os "interesses fundamentais" da Coreia do Norte forem ameaçados.
Ainda segundo a KCNA, durante a parada foram exibidos mísseis balísticos intercontinentais, banidos pela comunidade internacional, entre os quais o novíssimo Hwasong-17, projétil que terá a capacidade de atingir distâncias na ordem dos 15 mil quilómetros, o que possibilitaria alcançar território dos EUA.
A Coreia do Norte já realizou mais de uma dúzia de testes de armas balísticas este ano, incluindo o disparo do Hwasong-17 em março, cujo apregoado sucesso foi posto em dúvida pelos serviços de informação da Coreia do Sul.
No entanto, imagens de satélite analisadas por especialistas americanos e sul-coreanos registaram o aumento da atividade nas instalações de Punggye-ri, o que poderá indiciar que a Coreia do Norte está em vias de retomar o programa de testes nucleares, parado desde 2017.
(Com agências)