O representante da Coreia do Norte na ONU alertou hoje que a península coreana está "à beira de uma guerra nuclear" devido, em particular, às "ações imprudentes" dos Estados Unidos.
As ações "imprudentes" e a "histeria contínua dos Estados Unidos e dos seus aliados em termos de confronto nuclear (...) estão a conduzir a península coreana para uma situação militar à beira da guerra nuclear", afirmou o embaixador de Pyongyang nas Nações Unidas, Kim Song, num discurso na Assembleia-Geral da ONU, no qual atacou a política de Washington no nordeste asiático.
O representante da República Popular Democrática da Coreia, criticou a "situação atual e perigosa [que] é obra dos Estados Unidos, que procuram aperfeiçoar a sua ambição hegemónica através da todos os meios, sobre-estimando o seu poder".
"A responsabilidade também cabe às forças dirigentes da República da Coreia [Coreia do Sul)", que procuram impor o flagelo de uma guerra nuclear contra a [nossa] nação", disse o representante do regime comunista de Kim Jong Un,
Seul, prosseguiu, está "obcecada pela submissão voluntária aos Estados Unidos e pelo confronto fratricida", concluiu o diplomata norte-coreano.
Os exércitos da Coreia do Sul e dos EUA iniciaram na segunda-feira manobras navais com fogo real e exercícios antisubmarino no Mar do Japão, em resposta às mais recentes ações da Coreia do Norte.
Dois aviões de patrulha marítima e nove navios, incluindo dois submarinos das Forças Navais da Coreia do Sul, participam no exercício, que durará até 27 de setembro, de acordo a Marinha sul coreana.
Do lado americano, participam o `destroyer` USS Shoup, equipado com o sistema Aegis, e o cruzador USS Robert Smalls.
Os exercícios foram concebidos "para fortalecer as capacidades de interoperabilidade dos aliados num momento em que as ameaças nucleares e de mísseis se intensificam, incluindo o recente lançamento daquilo que a Coreia do Norte apelida de veículo de lançamento espacial e a apresentação de um novo submarino", segundo o comunicado.
Há algumas semanas, Pyongyang lançou um novo submarino tático de ataque nuclear, o seu primeiro submersível capaz de lançar mísseis balísticos (SSB), concebido para ter capacidades operacionais.
O regime norte-coreano lançou ainda um foguete espacial em 24 de agosto com o qual tentou colocar em órbita o seu primeiro satélite de reconhecimento militar, sem sucesso.
Esta foi a segunda tentativa fracassada nesta área realizada este ano pela Coreia do Norte, que anunciou que tentará novamente colocar um satélite espião na órbita da Terra em outubro.