Costa diz que líderes da UE "apoiaram abrangentemente" construção de "muro de drones"
O presidente do Conselho Europeu revelou hoje que houve um "apoio abrangente" às prioridades apresentadas pela Comissão Europeia para reforçar a segurança da União, nomeadamente o "muro de drones" e a atenção redobrada ao flanco leste.
Em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, António Costa disse que os cidadãos da União Europeia (UE) "estão justificadamente preocupados com as provocações" da Rússia, nomeadamente as incursões aéreas russas à Polónia, Roménia e Dinamarca, local onde se realizou a reunião informal de hoje do Conselho Europeu.
A reunião tinha dois pontos de discussão - a segurança da UE e o apoio à Ucrânia -, mas, ainda que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tenha feita uma intervenção por videoconferência ao início da tarde, as conversações centraram-se quase na totalidade na arquitetura de segurança do bloco político-económico europeu.
O presidente do Conselho Europeu disse que os chefes de Estado e de Governo da UE "apoiaram abrangentemente" a um documento da Comissão Europeia com linhas orientadoras e prioridades para o reforço da indústria da defesa e das capacidades militares dos Estados-membros.
Este documento, apresentado na segunda-feira, contém como prioridades a construção de um "muro de drones" (aeronaves pilotadas remotamente) e o reforço das capacidades militares, de maneira generalizada, no flanco leste, mais exposto a interferências e incursões de Moscovo.
Ursula von der Leyen detalhou que este "muro de drones" será composto por um sistema de detação de drones no espaço aéreo, interseção e, "se necessário, neutralização".