A Argentina vai produzir e o México distribuir a vacina de Oxford contra a covid-19 na América Latina, à exceção do Brasil, anunciou o presidente argentino.
O laboratório anglo-sueco AstraZeneca, responsável pela produção da vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) desenvolvida pela Universidade britânica de Oxford, assinou um acordo com a Fundação Carlos Slim para produzir entre 150 e 250 milhões de doses, disponível durante o primeiro semestre de 2021, a um custo de entre três e quatro dólares (entre 2,5 e 3,4 euros) por dose.
A substância ativa deve chegar em novembro ou dezembro e o primeiro lote comercial poderá estar disponível em janeiro ou fevereiro.
"É uma grande notícia que México e Argentina sejam os pontos de referência para a produção da vacina e que possamos trazer uma solução ao continente", afirmou Alberto Fernández.
Em 31 de julho, o ministério da Saúde brasileiro anunciou um acordo entre a AstraZeneca e a fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para a produção de 100 milhões de doses a um custo inicial de 2,30 dólares (1,95 euros) que desce para dois dólares (1,69 euros) nos lotes posteriores."É uma grande notícia que México e Argentina sejam os pontos de referência para a produção da vacina e que possamos trazer uma solução ao continente", afirmou Alberto Fernández.
O valor no Brasil, em que o projeto vai custar ao estado brasileiro mais de 290 milhões de euros, representa cerca de metade do custo inicial do projeto na restante América Latina.
Resultados preliminares mostraram eficácia para a vacina de Oxford, já no último estágio de testes, a fase III, aplicada atualmente no Reino Unido, no Brasil, na África do Sul e, em breve, nos Estados Unidos. O projeto Oxford é considerado o mais avançado pela Organização Mundial da Saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 743 mil mortos e infetou mais de 20,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.