Covid-19. Argentina volta a ter voos mas mantém fronteiras fechadas

por Mário Aleixo - RTP
O alívio de algumas restrições na Argentina não pressupõe dias mais fáceis Agustin Marcarian/Reuters

O Governo argentino anunciou o regresso dos voos domésticos, autocarros e comboios de longa distância, depois de sete meses de quarentena, mas manteve a proibição de turismo interno e de voos internacionais para estrangeiros.

O retorno das viagens de longa distância internas será apenas para trabalhadores de atividades essenciais e para questões urgentes de saúde com um acompanhante. Os demais casos continuarão proibidos de ir de uma província a outra.

"Está tudo disposto para que, felizmente, possamos retomar, na Argentina, a possibilidade de termos conectividade, entendendo que estamos numa situação crítica em alguns lugares, mas que na área metropolitada de Buenos Aires, onde se concentra 40% do país, a situação tende a melhorar", anunciou o ministro do Transporte, Mario Meoni a partir do Aeroparque, como é conhecido o aeroporto doméstico da capital argentina.

Desde 20 de março que a Argentina mantém a mais prolongada e restrita quarentena do mundo. Além das fronteiras internacionais fechadas, cada província criou a sua própria fronteira, impedindo a livre circulação e estabelecendo alfândegas paralelas.

A situação impediu visitas entre parentes, mesmo quando se tratava de questões de saúde terminal. Até mesmo para circular dentro de um município, é preciso ter uma permissão especial de circulação associada a alguma das atividades consideradas essenciais.

O retorno do limitado transporte aéreo e terrestre deve começar no final da semana e estar implementado na próxima semana embora com muitas limitações.Quinto país com mais casos
A Argentina registou mais 14.932 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total desde o início da pandemia para 931.967 infeções e ultrapassando a Colômbia, ficando em quinto lugar no número de contágios.

De acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins, o país, com 44 milhões de habitantes, é o quinto mais afetado em termos de infeções, depois dos Estados Unidos, Índia, Brasil e Rússia, e contando com mais cerca de 1800 casos que o Peru, sexto na lista.

Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde argentino comunicou ainda 350 mortes provocadas pela doença, elevando o total de vítimas fatais para 24.921.

Em termos de óbitos, a Argentina está em 12.º lugar a nível mundial, tendo na sexta-feira registado um recorde de mortos, 515.
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