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Covid-19. Banco Central do Brasil reduz juros para mínimo histórico de 3%
O Banco Central brasileiro reduziu na quarta-feira a taxa básica de juro, denominada Selic, de 3,75 por cento para o mínimo histórico de três por cento ao ano, para estimular a economia e suavizar o impacto da Covid-19.
A medida foi tomada pelo Comité de Política Monetária (Copom) e resultou no sétimo corte consecutivo da taxa de juro no Brasil, num momento considerado crítico pelos especialistas devido à forte desaceleração da atividade económica resultante da crise causada pela pandemia.
O Banco Central indicou que a pandemia está a causar uma "desaceleração significativa no crescimento global", enquanto que nas economias emergentes, como o Brasil, a contração da atividade económica deverá ser "significativamente superior à de episódios anteriores", de acordo com um comunicado.
A instituição destacou estar ainda a considerar mais um corte de juros na próxima reunião, em junho, mas "não maior do que o atual", para "complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências económicas da pandemia da Covid-19".
A redução foi maior do que a esperada pelo mercado, que previa um corte de 0,5 pontos percentuais.
"O Copom optou por uma provisão de estímulo mais moderada, com o benefício de acumular mais informação até sua próxima reunião", explicou.
O Brasil registou 615 mortos e 10.503 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, no balanço diário mais elevado desde o início da epidemia no país, indicou o Ministério da Saúde.