Senador norte-americano e ex-candidato à Presidência dos Estados Unidos, Bernie Sanders, criticou o governo israelita por enviar vacinas contra a Covid-19 a aliados estrangeiros antes de as enviar aos palestinianos.
No início da semana, Israel afirmou que vai doar uma "quantidade limitada" de doses não utilizadas de vacinas contra a Covid-19 aos palestinianos e a alguns países, como as Honduras, que prevê abrir uma embaixada em Jerusalém. Mas esta medida do Governo israelita não agradou aos palestinianos, segundo noticiou o New York Times, uma vez que consideram que Israel dará prioridade aos países aliados e não aos povos que vivem sob o controlo israelita nos territórios ocupados.
De facto, Israel prometeu pelo menos o dobro das doses a outros países do que prometeu, até agora, aos quase cinco milhões de palestinianos que vivem na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Na sequência desta publicação, Bernie Sanders criticou o Governo de Benjamin Netanyahu por deixar os palestinianos à espera, enquanto "recompensa" outras nações por razões diplomáticas.
"Como potência que ocupa a região, Israel é responsável pela saúde de todas as pessoas sob seu controle. É ultrajante que Netanyahu use vacinas extras para recompensar os seus aliados estrangeiros enquanto tantos palestinianos nos territórios ocupados ainda estão à espera", escreveu no Twitter, partilhando a notícia do NYT.
Israel já enviou, nas últimas semanas, alguns milhares de doses de vacina para a Cisjordânia ocupada, destinadas ao pessoal médico da Autoridade Nacional Palestiniana.
Segundo a ONU e diversas organizações não-governamentais (ONG), e na qualidade de "ocupante", Israel tem a "obrigação" de "fornecer" vacinas aos 2,8 milhões de palestinianos na Cisjordânia ocupada e aos dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza, submetida a um bloqueio israelita.
Inicialmente, quando Israel começou a distribuição de vacinas em dezembro de 2020, alguns ativistas e meios de comunicação estrangeiros criticaram o Governo por não incluir os palestinianos no Plano de Vacinação. Mas o Estado judaico respondeu que a Autoridade Palestiniana (AP) era responsável pela saúde da sua população, incluindo a distribuição de vacinas.
"Como potência que ocupa a região, Israel é responsável pela saúde de todas as pessoas sob seu controle. É ultrajante que Netanyahu use vacinas extras para recompensar os seus aliados estrangeiros enquanto tantos palestinianos nos territórios ocupados ainda estão à espera", escreveu no Twitter, partilhando a notícia do NYT.
As the occupying power, Israel is responsible for the health of all the people under its control. It is outrageous that Netanyahu would use spare vaccines to reward his foreign allies while so many Palestinians in the occupied territories are still waiting. https://t.co/kx4qFPtRQl
— Bernie Sanders (@SenSanders) February 24, 2021
Israel já enviou, nas últimas semanas, alguns milhares de doses de vacina para a Cisjordânia ocupada, destinadas ao pessoal médico da Autoridade Nacional Palestiniana.
Segundo a ONU e diversas organizações não-governamentais (ONG), e na qualidade de "ocupante", Israel tem a "obrigação" de "fornecer" vacinas aos 2,8 milhões de palestinianos na Cisjordânia ocupada e aos dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza, submetida a um bloqueio israelita.
Inicialmente, quando Israel começou a distribuição de vacinas em dezembro de 2020, alguns ativistas e meios de comunicação estrangeiros criticaram o Governo por não incluir os palestinianos no Plano de Vacinação. Mas o Estado judaico respondeu que a Autoridade Palestiniana (AP) era responsável pela saúde da sua população, incluindo a distribuição de vacinas.
O senador democrata é a mais recente personalidade a criticar as medidas de Israel em relação à pandemia nos territórios palestinianos ocupados.
Antes, Jamaal Bowman, um congressista de Nova Iorque, enviou uma carta ao cônsul-geral de Israel em Nova Iorque, Israel Nitzan, a questionar o porquê de os colonos israelitas na Cisjordânia estarem a ser vacinados e os palestinianos na mesma região não.
"Fiquei animado ao ler que o governo israelita concordou recentemente em doar cinco mil doses da vacina aos palestinianos para imunizar os profissionais de saúde da linha de frente, mas toda a população da Cisjordânia e de Gaza também deve ser coberta", escreveu Bowman.
"Fiquei animado ao ler que o governo israelita concordou recentemente em doar cinco mil doses da vacina aos palestinianos para imunizar os profissionais de saúde da linha de frente, mas toda a população da Cisjordânia e de Gaza também deve ser coberta", escreveu Bowman.
Israel, que detém o recorde do mundo em número de habitantes vacinados, já administrou as duas doses da vacina Pfizer/BioNTech a três milhões de israelitas, cerca de um terço da sua população. O Estado judaico iniciou a 19 de dezembro uma vasta e rápida campanha de vacinação após um acordo com a Pfizer e que permitiu a Israel obter rapidamente milhões de doses em troca de dados biomédicos sobre o efeito da vacina.