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Covid-19. Investigadores alemães acreditam ter encontrado causa de coágulos em vacinas
Investigadores alemães dizem que, com base em pesquisa laboratorial, terão encontrado a causa dos casos raros de coágulo sanguíneos em algumas pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca e Johnson&Johnson. Estas vacinas usam adenovírus - "vírus frios" - e será essa a razão da formação de coágulos num pequeno grupo de pessoas.
O estudo, ainda não revisto pelos pares, adianta que as vacinas que têm vectores de adenovírus - "vírus frios" utilizados para entregar material da vacina - enviam material para o núcleo das células e, em alguns casos, as instruções para criarem proteínas do coronavírus pode ser mal interpretadas.
Resultado, as proteínas que são criadas podem potencialmente criar coágulos num pequeno grupo de pessoas. Reações adversas raras que surgem sobretudo em pessoas de faixas etárias mais jovens. No Reino Unido, por exemplo, houve 309 casos de coágulos entre as 33 milhões de pessoas que foram vacinadas com a vacina da AstraZeneca.
A explicação dada por estes investigadores alemães é ainda uma hipótese, ainda não escrutinada por outros especialistas.
As vacinas da Pfizer e da Moderna usam tecnologia diferente (mRNA) e não têm registado casos de coágulos sanguíneos.
Os investigadores ainda não terão falado com a AstraZeneca, mas dizem estar abertos a contactos.
Resultado, as proteínas que são criadas podem potencialmente criar coágulos num pequeno grupo de pessoas. Reações adversas raras que surgem sobretudo em pessoas de faixas etárias mais jovens. No Reino Unido, por exemplo, houve 309 casos de coágulos entre as 33 milhões de pessoas que foram vacinadas com a vacina da AstraZeneca.
A explicação dada por estes investigadores alemães é ainda uma hipótese, ainda não escrutinada por outros especialistas.
As vacinas da Pfizer e da Moderna usam tecnologia diferente (mRNA) e não têm registado casos de coágulos sanguíneos.
Os cientistas alemães consideram que as vacinas como as da AstraZeneca e Johnson podem ser redesenhadas para evitar o risco de coágulos e que eles podem fornecer às marcas a forma como o fazer.
Os cientistas alemães consideram que a informação que os adenovírus das vacinas levam até às células não está optimizado e, uma vez dentro do núcleo das células, pode acontecer uma divisão e essas proteínas podem percorrer o corpo e, muito raramente, podem acionar coágulos sanguíneos.
O professor Marschalek, da Goethe University, em Frankfurt, advoga que as vacinas podem ser redesenhadas para evitar o problema e revela ao Financial Times que a Johnson & Johnson já o terá contatado nesse sentido.
A companhia está “a tentar otimizar a vacina agora”, referiu o professor ao jornal. “Com os dados que temos nas nossas mãos, podemos dizer às companhias como podem mudar as suas sequências, codificando o pico de proteína de forma a prevenir uma reação indesejada de divisão”.