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COVID-19
Covid-19. Itália estende quarentena a todo o país
Itália é o primeiro país a alargar as medidas de contenção do novo coronavírus a todo o território. O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou na segunda-feira que as medidas de quarentena, já impostas no norte, vão ser estendidas a todas as regiões até dia 3 de abril.
Com mais de nove mil casos confirmados de infeção e 463 mortes, Itália já é o país fora da China com mais vítimas mortais devido ao Covid-19. De forma a tentar conter a crescente propagação do surto, "toda a Itália será uma área protegida".
"Não há mais área vermelha, verde ou amarela. Haverá Itália. Todos os movimentos são proibidos, exceto por necessidades comprovadas, em toda a Itália", declarou o primeiro-ministro italiano na conferência de imprensa de segunda-feira, no Palazzo Chigi.
As restrições são, assim, aplicadas aos cerca de 60 milhões de cidadãos em Itália e surgem depois de, nas últimas 24 horas, se terem registado mais 97 mortes pelo novo coronavírus.
"Não há mais área vermelha, verde ou amarela. Haverá Itália. Todos os movimentos são proibidos, exceto por necessidades comprovadas, em toda a Itália", declarou o primeiro-ministro italiano na conferência de imprensa de segunda-feira, no Palazzo Chigi.
As restrições são, assim, aplicadas aos cerca de 60 milhões de cidadãos em Itália e surgem depois de, nas últimas 24 horas, se terem registado mais 97 mortes pelo novo coronavírus.
"Não há tempo"
As medidas de contenção do executivo italiano prevêem a proibição de deslocações e concentrações de pessoas em todo o país, assim como de reuniões públicas, a não ser com "necessidade comprovada".
Os estabelecimentos de ensino - escolas e universidades - ficam encerrados até dia 3 de abril e Giuseppe Conte pediu para as pessoas ficarem em casa e só irem trabalhar em casos de "emergência". As restrições incluem também a suspensão de todos os jogos do Campeonato Italiano de Futebol.
As medidas de contenção do executivo italiano prevêem a proibição de deslocações e concentrações de pessoas em todo o país, assim como de reuniões públicas, a não ser com "necessidade comprovada".
Os estabelecimentos de ensino - escolas e universidades - ficam encerrados até dia 3 de abril e Giuseppe Conte pediu para as pessoas ficarem em casa e só irem trabalhar em casos de "emergência". As restrições incluem também a suspensão de todos os jogos do Campeonato Italiano de Futebol.
"Não existem razões para que prossigam os jogos e os eventos desportivos, e penso, nomeadamente, no campeonato de futebol. Lamento, mas todos os adeptos devem acatar a decisão", esclareceu.
A decisão do Governo italiano foi "baseada numa suposição: não há tempo".
"Os números mostram-nos que estamos perante um aumento importante das infeções, das pessoas hospitalizadas em tratamento intensivo e, também, das pessoas mortas. Os nossos hábitos, portanto, devem ser alterados. E devem ser alterados agora. Decidi adotar imediatamente medidas ainda mais rigorosas, mais fortes", afirmou o primeiro-ministro.
"Os números mostram-nos que estamos perante um aumento importante das infeções, das pessoas hospitalizadas em tratamento intensivo e, também, das pessoas mortas. Os nossos hábitos, portanto, devem ser alterados. E devem ser alterados agora. Decidi adotar imediatamente medidas ainda mais rigorosas, mais fortes", afirmou o primeiro-ministro.
"Estamos bem conscientes de como é difícil mudar todos os nossos hábitos", reconheceu o chefe do Governo. "Mas não temos mais tempo (...). Todos devemos desistir de algo para o bem de Itália e devemos fazê-lo imediatamente."
A responsabilidade é de "todos os cidadãos"
O primeiro-ministro italiano esclareceu ainda que as restrições se estendem a todo o país e devem ser respeitadas por "todos os cidadãos, de norte a sul, para combater o avanço do novo coronavírus".
"Estou plenamente consciente da seriedade e responsabilidade", reflete Conte. Mas "não nos podemos dar ao luxo de baixar a guarda".
"É hora da responsabilidade e todos nós a temos. (…) A decisão certa hoje é ficar em casa. O nosso futuro está nas nossas mãos", acrescentou.
"É hora da responsabilidade e todos nós a temos. (…) A decisão certa hoje é ficar em casa. O nosso futuro está nas nossas mãos", acrescentou.
Os bares, restaurantes e estabelecimentos públicos vão fechar pelas 18h00 em todo o país e vão ser proibidos "encontros ao ar livre e em locais abertos ao público".
Todos os eventos religiosos, como missas, casamentos e funerais, também ficam suspensos.
No entanto, "não há restrições nos transportes públicos" de forma a garantir que as pessoas possam "ir trabalhar", se isso se justificar.
Conte assumiu que "não foi uma decisão fácil", mas o futuro do país está "nas mãos” dos cidadãos e "todos devem fazer a sua parte".
"Eu fico em casa"
A medida é aplicada a todas as regiões com o principal objetivo de tentar conter a propagação e proteger os grupos mais suscetíveis, como idosos e pessoas com doenças crónicas ou condições subjacentes. O próprio primeiro-ministro italiano garante que vai ficar em casa.
"Eu fico em casa"
A medida é aplicada a todas as regiões com o principal objetivo de tentar conter a propagação e proteger os grupos mais suscetíveis, como idosos e pessoas com doenças crónicas ou condições subjacentes. O próprio primeiro-ministro italiano garante que vai ficar em casa.
"Eu fico em casa", garantiu o Giuseppe Conte.
Itália enfrenta a situação mais crítica na Europa com mais de nove mil pessoas infetadas e 463 mortos confirmados, até agora. Por essa razão todas as regiões serão abrangidas pelas medidas de isoalamento previstas, inicialmente, para a região de Lombardia.
É uma medida inédita, sendo o primeiro país na Europa a declarar quarentena a nível nacional por causa do novo coronavírus.