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Covid-19. Latam despede 1.400 trabalhadores

por Mário Aleixo - RTP
A companhia aérea despediu trabalhadores do Chile, Colômbia e Equador latam.com

A Latam, uma das principais companhias aéreas da América Latina, comunicou o despedimento de 1.400 trabalhadores das filiais do Chile, Colômbia e Equador, devido à redução da atividade durante a pandemia de covid-19.

"Apesar de todos os nossos esforços para manter os postos de trabalho, vemo-nos obrigados a tomar esta difícil decisão", referiu, em comunicado, o presidente executivo (CEO) da companhia aérea, Roberto Alvo.

O gestor acrescentou que os impacto da covid-19 "são profundos" e tornou-se "inevitável reduzir o tamanho do Grupo Latam para proteger a sua sustentabilidade no médio prazo".

Antes da emergência sanitária causada pelo novo coronavírus, a Latam voava para 145 destinos em 26 países, incluindo Portugal, operando 1.400 voos por dia.

No início de abril, foi obrigada a suspender 95% da sua operação, situação que se manterá durante o mês de maio, devido ao encerramento de fronteiras em vários países e à queda da procura.

A Latam, que nasceu em 2012 da fusão entre a chilena Lan e a brasileira Tam, está apenas a fazer alguns voos domésticos no Chile e no Brasil e mantém seis ligações semanais entre Santiago do Chile e Miami, bem como três ligações semanais entre S. Paulo e Miami.

Em abril, o CEO da Latam já tinha referido que seria "inevitável" às empresas do Grupo sofrerem um redimensionamento e mudarem a forma como operam.

"Quero que saibam que este passo que damos nada tem a ver com o desempenho e profissionalismo de cada uma das pessoas que vai ter de nos deixar. Fazemo-lo porque estamos obrigados a adaptar-nos a um mundo novo, que nunca esperámos e nunca desejámos, mas que se colocou à nossa frente", referiu ainda o CEO.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que reúne cerca de 300 companhias aéreas em todo o mundo, revelou na semana passada que a procura mundial de passageiros caiu 52,9% em março, em termos homólogos, e que os bilhetes vendidos caíram mais de metade em 2020.

C/ Lusa
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