"Crime climático". Greta Thunberg libertada após detenção na Alemanha

por RTP
Reuters

Algumas horas depois de ser detida pela polícia alemã, na terça-feira, Greta Thunberg foi libertada. A ativista sueca juntou-se a um grupo de manifestantes contra a expansão de uma mina de carvão no oeste da Alemanha e foi levada pelas autoridades quando participava no protesto.

“Thunberg foi detida apenas por algum tempo. Uma vez que confirmada a identidade, ela ficou livre para ir”, disse Max Wilmes, porta-voz da polícia na cidade de Aachen, à imprensa internacional. “Reconhecendo o seu nome, a polícia acelerou o processo de identificação”.

A jovem de 20 anos retomou, assim que foi libertada, a campanha no Twitter: “A proteção climática não é um crime”.

“Ontem fiz parte de um grupo que protestou pacificamente contra a expansão de uma mina de carvão na Alemanha”, disse a ativista, acrescentando: “Fomos repreendidos pela polícia e depois detidos, mas fomos libertados mais tarde durante a noite”.

A jovem activista climática sueca estava a protestar, juntamente com um grupo de manifestantes, na mina de carvão a céu aberto Garzweiler 2, que fica a cerca de nove quilómetros de Lützerath. Em causa está a demolição desta mina que permitirá à multinacional energética alemã RWE, responsável pela mina, expandir a sua exploração.

Thunberg fazia parte de um grande grupo de manifestantes que rompeu uma barreira policial e invadiu uma mina de carvão, que as autoridades não conseguiram proteger totalmente, explicou o porta-voz da polícia Christof Hüls, na terça-feira. Esta é a segunda vez que Thunberg é detida naquele local, acrescentou a mesma fonte.

A polícia justificou a detenção dos manifestantes argumentando que se encontravam num sítio perigoso, pelo que procederam a retirá-los pela força, um de cada vez. Segundo a televisão pública regional WDR, Thunberg e os outros ativistas foram levados até 50 metros do local, onde os agentes da autoridade procederam ao controlo dos seus documentos de identificação.

A população de Lützerath ficou impedida de aceder ao local, depois de as suas casas, celeiros e construções de madeira serem demolidas, ao longo de vários dias em que centenas de ativistas resistiram ao seu desalojamento, enfrentando um forte dispositivo policial.

A operação foi considerada concluída na segunda-feira, quando saíram voluntariamente de um túnel os últimos dois ativistas que se tinham entrincheirado num canto da povoação.

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