D. Américo Aguiar nomeado cardeal a 30 de setembro

O anúncio foi feito pelo Papa Francisco este domingo, por ocasião do Angelus na Praça de São Pedro, em Roma.

RTP /
DR JMJ

D. Américo Aguiar é bispo auxiliar de Lisboa desde 1 de março de 2019.

Nascido a 12 de dezembro de 1974, em Leça da Palmeira, D. Américo tem estado sobretudo ligado ao departamento de comunicação do Patriarcado, tendo assumido a presidência da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa.

A revelação de que Portugal vai ter um novo cardeal foi feita pelo Papa Francisco este domingo, ao dirigir-se aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro por ocasião da recitação do Angelus, pelas 12h00 locais.

Ao longo da sua história, a Igreja Católica portuguesa teve 46 prelados elevados ao cardinalato, tendo um deles, Pedro Hispano, sido eleito Papa, em 1276, como João XXI.

Atualmente, Portugal tem cinco cardeais vivos, D.José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, com 91 anos, D. Manuel Monteiro de Castro, com 85 anos, penintenciário-mor emérito da Santa Sé, D. António Marto, de 76 anos, bispo emérito de Leiria-Fátima, D. Manuel Clemente, 17º cardeal-patriarca de Lisboa, com 74 anos, e D.José Tolentino de Mendonça, com 57 anos, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.

D.Américo Aguiar será o mais novo, sendo criado cardeal aos 48 anos.
Renovar a Igreja
O Santo Padre anunciou os nomes de 21 novos prelados que vão aceder ao cardinalato e revelou que o consistório da sua instalação irá decorrer no Vaticano a 30 de setembro.

Os novos cardeais anunciados este domingo irão reforçar o grupo de eleitores do futuro Papa, sucessor de Francisco após a sua morte ou resignação. Dois terços destes prelados, conhecidos como cardeais-eleitores, foram já nomeados pelo Santo Padre desde que foi eleito para o papado.

O Colégio Cardinalício tem para já, até setembro, 222 membros, incluindo cinco portugueses, dos quais apenas três podem ser eleitores por terem menos de 80 anos.

Entre os escolhidos pelo Papa para o cardinalato encontram-se diversos prelados que se preparam para assumir ou que assumiram recentemente postos cruciais na estrutura do Vaticano, como o arcebispo argentino Victor Manuel Fernandez, nomeado por Francisco para dirigir o dicastério da Doutrina da Fé, que garante a ortodoxia católica.

Entre os novos cardeais estão ainda o bispo de Hong Kong, Stephen Sau-yab Chow e o principal representante do Vaticano para o Médio Oriente, monsenhor Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém.

No passado dia 3 de julho, o Santo Padre anunciou igualmente outras alterações na Cúria, o governo do Vaticano, tendo renovado o Conselho dos Cardeais, uma estrutura criada por Francisco para reformar a Igreja Católica.

Cinco novos cardeais, dois espanhóis, um canadiano, um luxemburguês e um brasileiro, passaram a integrar o Conselho. Três foram afastados por idade, e quatro permaneceram, incluindo o italiano Pietro Parolin, o congolês Fridolin Ambongo, o indiano oswald Gracias e o norte-americano Sean Patrick O'Malley.

Reinhardt Marx, alemão com 69 anos, Óscar Maradiaga, das Honduras, com 80 anos, e Giuseppe Bertello, italiano igualmente com 80 anos, foram dispensados.

Foram substituídos pelo arcebispode Barcelona, Juan José Omella Omella, e por Fernando Vérgez Alzaga, ambos espanhóis, por Gérald C. Lacroix, arcebispo do Québec, por Jean-Claude Hollerich, do Luxemburgo, e por Sérgio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia.
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