Foto: Anushree Fadnavis - Reuters
Dalai Lama comemora este domingo 90 anos. O líder espiritual dos tibetanos assinala a data no exílio, na Índia. Este aniversário fica marcado pelo confronto político com a China, que ocupou militarmente o Tibete em 1950.
Segundo a crença dos budistas tibetanos, o líder espiritual do Tibete é a reencarnação de Gedun Truppa, o Dalai Lama original, que viveu entre o final do século XIV e meados do século XV.
O atual Dalai Lama foi reconhecido quando tinha apenas dois anos.
Este domingo, o Kashag, o gabinete do governo tibetano no exílio, denunciou que as autoridades chinesas estão a "proibir à força" os tibetanos no Tibete de celebrarem o seu líder.
Numa declaração oficial, o governo no exílio afirmou que, enquanto a diáspora celebra abertamente, os seus "irmãos e irmãs tibetanos no Tibete estão proibidos de participar mesmo em atividades religiosas básicas, como oferecer incenso ou erguer bandeiras de oração em honra do aniversário do seu mestre".
De acordo com ativistas e fontes no exílio, esta proibição manifesta-se através de uma vigilância acrescida, da intimidação dos funcionários locais e da intensificação das campanhas de "educação patriótica", que procuram suplantar a lealdade ao Dalai Lama pela lealdade ao Partido Comunista Chinês.
Face a esta repressão, o Kashag reivindicou apelou ao "verdadeiro poder suave do povo tibetano", os ensinamentos de compaixão do Dalai Lama, um poder que, segundo o governo tibetano no exílio, "nunca poderá ser subjugado por forças hostis, cegas pela ignorância".
A declaração também celebra o sucesso da comunidade exilada, que, segundo a declaração, cresceu em 66 anos, passando de um grupo de refugiados que "só conhecia o céu acima e o chão abaixo" para ser reconhecida como "a comunidade de refugiados mais exemplar do mundo".
c/ Lusa
Numa declaração oficial, o governo no exílio afirmou que, enquanto a diáspora celebra abertamente, os seus "irmãos e irmãs tibetanos no Tibete estão proibidos de participar mesmo em atividades religiosas básicas, como oferecer incenso ou erguer bandeiras de oração em honra do aniversário do seu mestre".
De acordo com ativistas e fontes no exílio, esta proibição manifesta-se através de uma vigilância acrescida, da intimidação dos funcionários locais e da intensificação das campanhas de "educação patriótica", que procuram suplantar a lealdade ao Dalai Lama pela lealdade ao Partido Comunista Chinês.
Face a esta repressão, o Kashag reivindicou apelou ao "verdadeiro poder suave do povo tibetano", os ensinamentos de compaixão do Dalai Lama, um poder que, segundo o governo tibetano no exílio, "nunca poderá ser subjugado por forças hostis, cegas pela ignorância".
A declaração também celebra o sucesso da comunidade exilada, que, segundo a declaração, cresceu em 66 anos, passando de um grupo de refugiados que "só conhecia o céu acima e o chão abaixo" para ser reconhecida como "a comunidade de refugiados mais exemplar do mundo".
c/ Lusa