A jovem líder ambientalista sueca, que se tinha notabilizado pela veemência com que apontara o dedo à política anti-ambiental de Donald Trump, veio agora a público denunciar a incongruência entre as promessas e as acções do actual inquilino da Casa Branca.
A Administração Biden assumira compromissos de que os EUA reduzirão as emissões de gases com efeitos de estufa e produzirão electricidade completamente "limpa" até 2035. Além disse, e suposto os EUA eliminarem completamente até 2050 as emissões líquidas de CO2. Contudo, como sublinha Thunberg, a pretexto de compensar o aumento dos preços do gás que dificulta a recuperação económica, a mesma Administração promoveu um aumento, dito temporário, da exploração petrolífera.
Na entrevista, a ambientalista sueca volta a referir-se extensamente à COP26, que já anteriormente criticara como mera operação de relações públicas, completamente inútil "a não ser que haja uma enorme elevação da consciência e a não ser que as pessoas realmente saiam para a rua e exijam mudanças".
Em resposta a uma pergunta sobre o papel de Biden, Thunberg lembra que, "na verdade, os EUA estão a expandir a sua infraestrutura de combustíveis fósseis". E interroga-se seguidamente: "Porque estão os EUA a fazer isto? Não deviam enganar-nos, aos activistas e adolescentes que apenas queremos ir para a escola elevar esta consciência e informar as pessoas de que na verdade estamos perante uma emergência".