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David Card, Joshua Angrist e Guido Imbens vencem Nobel da Economia
Os economistas venceram o Prémio Nobel por "tirarem conclusões de experiências inesperadas" e aplicá-las à análise do mercado de trabalho, anunciou a Real Academia Sueca das Ciências esta segunda-feira.
Card, natural do Canadá, recebeu metade do prémio "pelas suas contribuições empíricas na economia laboral", disse a academia.
Angrist e Imbens partilham a outra metade do prémio de dez milhões de coroas suecas (988 mil euros) "pelas suas contribuições metodológicas para a análise de relações causais".
A Real Academia Sueca das Ciências disse que os três professores norte-americanos "reformularam completamente o trabalho empírico nas ciências económicas".
"Os estudos de Card sobre questões centrais para a sociedade e as contribuições metodológicas de Angrist e Imbens mostraram que as experiências naturais são uma rica fonte de conhecimento", disse Peter Fredriksson, presidente do Comité de Ciências Económicas.
“A investigação deles melhorou substancialmente a nossa capacidade de responder às principais questões causais, o que tem sido uma grande vantagem para a sociedade”, acrescentou. Card nasceu em Guelph, no Canadá e é professor da Universidade da Califórnia, Berkeley. Angrist é professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Imbens nasceu em Eindhoven, na Holanda, e é professor da Stanford University, na Califórnia.
Card foi reconhecido pelo seu trabalho pioneiro sobre os efeitos dos salários mínimos no mercado laboral, imigração e educação. Segundo a Real Academia Sueca das Ciências, os seus estudos "mostram, entre outras coisas, que o aumento do salário mínimo não leva necessariamente a menos empregos".
Card concluiu também que "os recursos das escolas são muito mais importantes para o sucesso futuro dos alunos no mercado de trabalho do que se pensava anteriormente".
Por sua vez, Joshua Angrist e Guido Imbens demonstraram, em meados da década de 90, “como conclusões precisas sobre causa e efeito podem ser tiradas de experimentações naturais”. Os dois economistas mostraram como uma educação mais longa não afeta um grupo de alunos da mesma forma.
O Prémio Nobel da Economia é o último a ser anunciado e será entregue, tal como os outros, no dia 10 de dezembro.
Ao contrário dos outros prémios Nobel, o da Economia não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel, mas sim pelo banco central sueco em sua memória em 1968, tendo o primeiro vencedor sido selecionado um ano mais tarde.
Ao contrário dos outros prémios Nobel, o da Economia não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel, mas sim pelo banco central sueco em sua memória em 1968, tendo o primeiro vencedor sido selecionado um ano mais tarde.
(em atualização)