Mundo
Decisão de Trump de fechar USAID vai custar milhões de vidas
Após seis décadas, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, conhecida como USAID foi encerrada pela Administração Trump. A sua missão ao longo dos anos tem sido a de estabelecer parcerias com países para erradicar a pobreza extrema e promover sociedades resilientes e democráticas.
Foto: Evelyn Hockstein - Reuters
A USAID contribuiu para a redução das mortes entre crianças com menos de 5 anos em 69% desde 1990, em especial em países vulneráveis, muitos deles no Continente Africano.
Com o fim da USAID, foram interrompidos muitos programas importantes na área social ou da saúde, situação que pode custar muitas vidas até 2030.
A decisão do presidente norte-americano de cortar a maior parte do financiamento dos EUA para a ajuda humanitária externa pode causar mais de 14 milhões de mortes adicionais nos próximos cinco anos.
Um estudo publicado na revista médica The Lancet revela que um terço das pessoas em risco de morte prematura são crianças.
No relatório, os investigadores estimam que o financiamento da USAID evitou mais de 90 milhões de mortes nos países em desenvolvimento entre 2001 e 2021.
Um estudo publicado na revista médica The Lancet revela que um terço das pessoas em risco de morte prematura são crianças.
No relatório, os investigadores estimam que o financiamento da USAID evitou mais de 90 milhões de mortes nos países em desenvolvimento entre 2001 e 2021.
Os cortes no desenvolvimento internacional estão a colocar em risco a resposta à sida. A ONUSIDA deixou o aviso na quarta Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, em Sevilha.
Face à perda do maior doador mundial, os Estados Unidos da América - responsável por 73% de todos os recursos internacionais para a resposta à sida -, mais 6,6 milhões de pessoas poderão ser infectadas se a lacuna de financiamento não for preenchida até 2029.
Segundo a organização, em 2024 o número de mortes relacionadas com a sida foi de 630 mil. Em quatro anos este número poderá chegar aos 4,2 milhões.
As Nações Unidas apelam aos países mais atingidos para irem além dos programas de financiamento tradicionais e aos países ricos a apostarem em políticas públicas estruturantes.
Face à perda do maior doador mundial, os Estados Unidos da América - responsável por 73% de todos os recursos internacionais para a resposta à sida -, mais 6,6 milhões de pessoas poderão ser infectadas se a lacuna de financiamento não for preenchida até 2029.
Segundo a organização, em 2024 o número de mortes relacionadas com a sida foi de 630 mil. Em quatro anos este número poderá chegar aos 4,2 milhões.
As Nações Unidas apelam aos países mais atingidos para irem além dos programas de financiamento tradicionais e aos países ricos a apostarem em políticas públicas estruturantes.