Definido cientificamente um planeta do Sistema Solar

A XXVI Assembleia-geral da União Astronómica Internacional (IAU) aprovou por unanimidade em Praga a definição científica do que é um planeta do Sistema Solar.

Agência LUSA /

A resolução adoptada, precedida por dois anos de debates e dez dias de controversas sessões na capital checa, definiu que os planetas e os seus corpos no Sistema Solar se definem em três categorias.

A primeira categoria estabelece "um planeta como um corpo celeste que está em órbita em torno do Sol, que é suficientemente maciço para que a sua gravidade o faça assumir uma forma em equilíbrio hidrostático, ou seja, redonda, e que tenha eliminado todos os corpos nas imediações da sua órbita".

A segunda categoria define como "planeta anão" um corpo celeste que está em órbita à volta do Sol, que tem também massa suficiente para que a sua gravidade o faça assumir uma forma arredondada (em equilíbrio hidrostático), mas que não tenha desocupado as imediações da sua órbita e que não seja um satélite.

A terceira categoria abarca "todos os demais objectos que orbitam em torno do sol, considerados colectivamente como `corpos pequenos do Sistema Solar`".

Consequentemente, de acordo com esta definição, os planetas do Sistema Solar são a partir de agora oito, em vez de nove: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno (por ordem crescente a partir do Sol).

Plutão, descoberto em 1930, perdeu assim a sua condição de planeta e continua integrado no Sistema Solar como "planeta anão".

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