Depois da moda, meio-irmão de Usama bin Laden tenta sucesso com perfume

Dois anos depois de ter falhado na tentativa de lançar uma nova marca de moda, um dos meios-irmãos de Usama bin Laden, cidadão suíço, aposta agora num novo perfume, cujo lançamento está previsto para segunda-feira.

Agência LUSA /

Há dois anos, Yeslam bin Laden, residente em Genebra, lançou no mercado a marca +Binladin+, que acabou por ser anulada pelas autoridades suíças que a consideraram uma lembrança "moralmente ofensiva" dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

Agora, o empresário optou por ignorar o seu apelido e apostou no seu primeiro nome para identificar o novo perfume, esperando assim evitar mais polémica.

Yeslam, como Usama, estão entre os 54 filhos do magnata de construção saudita Mohammed bin Laden e das suas 22 mulheres. Já por várias vezes, Yeslam tentou distanciar-se do homem mais procurado pelos Estados Unidos, condenando publicamente os seus actos terroristas.

"Um perfume é algo pessoal e, sendo a minha criação, surge com o meu nome próprio e não o de família", explicou à rádio suíça.

O empresário demorou um ano e investiu meio milhão de euros no desenvolvimento do perfume - à base de jasmim e narcisos e com uma versão masculina - , que deverá ser vendido agora a 60 euros por frasco.

De momento, espera que +Yeslam+, a fragrância a ser lançada em Cannes na segunda-feira, permita cimentar a sua credibilidade, já afectada por rusgas, acusações e polémicas.

Em Março do ano passado a polícia suíça efectuou rusgas a oito firmas ligadas a Yeslam bin Laden, em resposta a um pedido de colaboração das autoridades francesas, que alegaram lavagem de dinheiro, um crime de que o empresário nunca foi formalmente acusado.

Igualmente polémica foi a sua tentativa falhada de impedir a publicação de um livro de dois franceses, intitulado +Bin Laden - A Verdade Proibida+, que alegava que Yeslam teria financiado as acções do líder da al Qaida.

No ano passado, Yeslam tinha saído da lista dos 300 empresários mais ricos da suíça, cuja fortuna era estimada em 2002 entre os 100 e 200 milhões de francos (64,9 e 129,9 milhões de euros).

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